The Voice Of The People

sábado, 29 de novembro de 2014

Augustus e Addis Pablo – De Pai Para Filho

Horace Swaby, Mais conhecido como Augustus Pablo, nasceu no dia 21 de junho de 1954, em St. Andrew, Jamaica. Não só foi responsável por colocar a escaleta no mapa musical, mas também desempenhou um papel fundamental na história musical da Jamaica. Em seu papel como músico e produtor, ele ajudou a moldar o reggae, tanto que sua música pode ser facilmente descrita como “o som dos anos setenta”. Recentemente um dos jornais mais importantes do mundo o apontou como o maior tocador de melódica (escaleta) do mundo.
A lenda começou em 1969, quando o jovem Horace Swaby estava em pé na frente da loja
Augustus Pablo ainda jovem
de discos do produtor Herman Chin-Loy, Aquarius, na 9 Constant Spring Road, em Kingston, segurando uma escaleta que havia sido emprestada a ele por uma jovem. O instrumento era usado na Jamaica, em aulas de música da escola, mas nunca antes tinha sido levado a sério por músicos profissionais. Herman Chin-Loy, que tinha uma reputação muito merecida para a experimentação de novos sons, perguntou ao adolescente se ele poderia tocar um pouco, ele estava tão tomado com a resposta musical que reservou tempo de gravação na mesma semana no Randy´s Studio 17 na North Parade no coração da baixa Kingston. Com uma música intitulada “Iggy Iggy” Herman Chin-Loy deu a juventude sua estreia de gravação e mais significante ainda, um novo nome – AUGUSTUS PABLO – o que era estritamente novo para os últimos meses, Aquarius Record Labels apareceu esporadicamente carregando o crédito Augustus Pablo. Herman Chin-Loy havia cunhado um nome para adicionar uma medida de místico sobre a identidade dos tocadores de teclado.
Verão de 1977 em St. Ann
As sementes do que viria a se tornar o tom menor denominado “Far East” do futuro Augustus Pablo/Rockers foram semeadas. O Follow-up foi outro instrumental – o primeiro corte de “East of River Nile” – com Pablo alterando solos rudimentares mais assustadores sobre a escaleta e órgão ao longo de um riddim irregular. Com a idade de dezoito anos Augustus Pablo teve seu primeiro sucesso em “Randy´s” para Clive Chin, com a gravação de impacto “Java”, ele logo se estabeleceu através de seus lançamentos em sua própria “Hot Stuff” e o lendário selo “Rockers International”. Após o lançamento de “Skanking Easy” – uma atualização do Studio One Soul Vendors clássico “Swing Easy” – Augustus Pablo foi logo um dos líderes na próxima banda de artistas “rebeldes” e produtores independentes, como Lee “Scratch” Perry, Winston “Niney” Holness e Glen Brown, que estavam radicais e irreversivelmente redefinindo os parâmetros da música reggae.
Nesta época Pablo chegou a tocar teclado com os Wailers, mas preferiu investir em sua própria produção. Logo estaria alcançando voos mais altos, criando o seu próprio selo de gravação, o já citado “Rockers International” (assim chamado porque os registros foram promovidos no selo do seu irmão Rockers Sound-system, de Garth´s). Depois de alguns sucessos esporádicos, Pablo gravaria e entregaria para King Tubby mixar o disco que se tornaria a obra prima de ambos: “King Tubby Meets The Rockers Uptown”. Os irmãos Barret (do Wailers) e Robbie dando uma canja na bateria e baixo e os arranjos e matais de Bobby Ellis formaram a base ideal para as melodias de sabor oriental de Pablo e os “efeitos espaciais” da mixagem de Tubby, perfeitamente combinados neste que é o disco de Dub o qual todos os outros são e serão comparados.
Os próximos anos seriam os mais produtivos de sua carreira. Pablo dividiria o seu tempo entre os artistas que produzia e seus discos instrumentais, como “Pablo Meets Mr. Bassie”, também conhecido como “Original Rockers Vol. 2”, que traz belíssimos temas, como a comovente “Golden Seal” e a versão melancólica de “Burial” de Peter Tosh. Muitos outros trabalhos desta fase de ouro do estilo “Rockers” pode ser apreciado em coletâneas como a da RAS Records “Pablo Presents Story”, com o inacreditável Ras Bull e os Immortals fazendo uma versão de uma canção de Lennon e McCartney jamais gravada pelos Beatles: “World Without Love”, e álbuns como “Rockers Meet King Tubby In A Fire House”, “Rise Sun”, entre outros.

Augustus Pablo estava constantemente estabelecendo novos padrões, em busca de novas ideias. Outra coisa que Pablo tinha em seu favor, era sua habilidade fantástica para ‘implicar’ com vocalistas improváveis ou desconhecidos para cantar ou ‘torrar’ por cima dos riddims, não só oferecendo ao público boa música, mas também a oportunidade de ouvir o que essas pessoas poderiam fazer dada a oportunidade. Talvez o exemplo mais bem sucedido desta seja Jacob Miller, que, sob a influência de Pablo deu ao reggae pérolas como “Keep On Knocking”, “Each One Teach One”, e “Who Say Ja No Dread”. Dillinger é outro artista que Pablo capturou em sua melhor fase, além de Hugh Mundell e Tetrack - suas descobertas mais emocionantes – até hoje são realizadas na mais alta estima por parte dos apreciadores do reggae. Outros artistas como Heptones, Locksley Castell, Ricky Grant, Delroy Williams e Norris Reid também se reuniram com alguma fama nos riddims de Pablo.
Os cantores com que Augustus Pablo teve suas associações mais frutíferas foram Junior
Hugh Mendell e Augustus Pablo
Delgado e Hugh Mendell. Um dos últimos exemplares dessa época foi o estupendo álbum de Mendell, “African Must Be Free By 1983”, da gravadora RAS Records. Mendell foi talvez a grande descoberta de Augustus Pablo e este foi certamente o melhor trabalho de sua carreira. A morte prematura e estúpida de Mendell (segundo o pesquisador Steve Barrow acontecida durante uma briga por uma geladeira) abalou Pablo, e isso marcaria o início de um período mais discreto, o que seria acentuado pelas novas exigências do mercado, com a chegada arrasadora do dancehall.
Embora o período mais consistente e criativo de Pablo tivesse diminuído os registros fortes ainda continuaram a aparecer em “Rockers” e no rótulo mais recente “Message”. O espírito “roughhouse” (alvoroço, escandaloso) das últimas duas décadas poderia não ser propício para a abordagem descontraída de Pablo, mas ele é emitido com boas músicas através de Junior Delgado, bem como Bunny Brissett, Yami Bolo, Spliffy Dan, Blacker T. e Johnny Osborne. Em relação aos seus próprios passeios durante esse período, Pablo nem sempre foi capaz de manter o padrão de seus melhores trabalhos. No entanto, apenas quando os conhecedores de reggae estavam escrevendo Pablo off, sua reputação foi restaurada com a década de 1990, lançando “Blowing In The Wind”, muito aclamado.
Pablo passou os seus últimos anos cuidando de sua loja de discos e lançando obras esporádicas. Vivia tranquilamente com a família em uma casa nas colinas próximas a Kingston, até ser acometido por um mal raro e incurável, onde perdeu a memória, vindo a falecer no dia 18 de maio de 1999, deixando dois filhos, Addis e Isis, e a companheira Karen Scott.
Augustus já em seus últimos anos de vida

Augustus com seus filhos Addis e Isis

A importância de Augustus Pablo para a evolução do reggae talvez nunca venha a ser devidamente reconhecida, mas o seu legado felizmente continuará a embalar os nossos dias e noites, nos inspirando com suas melodias inconfundivelmente belas.
O que nos deixa mais felizes é saber que esse legado deixado por Augustus Pablo, tem um seguidor ilustre, que vem demonstrando com maestria que o amor pelo reggae e o talento para tocar a melódica (escaleta) estão em seu sangue, em suas raízes. No reggae, felizmente essa raiz familiar permanece viva e forte, resistindo ao tempo. Foi assim com Bob Marley, Peter Tosh, Gregory Isaacs e tantos outros importantes nomes da música reggae, e agora com Augustus Pablo, através de seu filho Addis Pablo.
Addis Pablo
Nascido em Redbank, Nova Jersey, Estados Unidos, Addis Pablo Swaby, em algo um tanto esperado, decidiu seguir os passos do pai, uma decisão corajosa e difícil, considerando o status que seu pai alcançou e mantém até hoje em todo o mundo. No entanto, depois de ter sido criado por seu pai em um ambiente musical em Orange Street, recebendo os ensinamentos e costumes expressos por ele, e que continuou a ser mantido por sua mãe, Karen Scott, que é e foi fundamental no falecimento de seu pai. Addis se tornou Cofundador e Coprodutor de dois selos – Brands Suns of Dub e One Motion Music – nos quais ele pretende ser capaz de tocar sua escaleta e produzir música com o mesmo efeito que o seu pai teve e tem grande reputação e sucesso, ele sabe que ainda há muito a se fazer e está disposto a colocar todo o seu tempo e esforço para elevar suas habilidades aos níveis mais altos, com ajuda de suas crenças e princípios espirituais e educação religiosa que recebeu, através dos ensinamentos rastafári.
A irmã de Addis, Isis Swaby, ao lado do tio Gath Swaby, cuida da lendária Rockers
Isis Swaby e Addis Pablo
International.
Addis começou a praticar e realizar os seus trabalhos em 2005, vindo a desempenhar no tributo anual de seu pai com os membros do Rockers International, Earl Chinna Smith & Inna De Yard Allstars e músicos mais jovens que ele vem trabalhando, como Cali P, Chronixx, Jah 9, Kelissa & Jesse Royal, que ele gravou ou dublou de alguma forma. A partir desse momento, Addis realizou vários shows na Costa Leste dos Estados Unidos com “Dub Reggae Band” (Proof Dub), tendo aberto shows para vários artistas como “The Mighty Diamonds”, “Michael Rose”, bem como Kenytta Hill, filho da lenda do reggae “Culture”.
Em 2010, Addis juntou-se com o produtor Trindadian/Selecta & Manager “Rasjammy Triniyard”, pôs em muito trabalho para produzir o seu próprio “Rockers Reggae Melodica Tracks”, bem como a criação de um som com Ras Jammy “Suns of Dub”, apresentando Dub Reggae em um estilo New Age com mesmo efeito e sensação tradicional. Addis Pablo começou seus lançamentos com a Digital dub Roots Compilations em 2011 e 2012, “For The Love Of Jah”, com Ginjah, Norris Man e outros, e “13 Months in Zion” com Kelissa, Zebulum, Cali P e outros, juntamente com um lançamento mais tarde do single digital “Let I Be”, disponíveis em várias lojas online. Addis também tem trabalhado em vários projetos individuais de escaleta, EP e álbuns com diferentes etiquetas e produtores, como VP Records, Inner Cicle, Rory StonLove, Pura Vida, Black Redemption, Gabre Selassie e em 2013 com a holandesa de Amsterdam Powershouse Jah Solid Rock Production.

Colocando foco em Suns Of Dub em 2013, Addis com Ras Jammy tem pré-lançado mais de 100 faixas como single em EPs em sua página do SoundCloud (www.soundcloud.com/sunsofdub), que reúne já quase 50 mil seguidores no seu movimento. Ainda em 2013 veio o seu álbum de estreia pela Jah Solid Rock Production, intitulado “In My Fathers House” (Na Cada de Meu Pai), uma viagem às raízes da música reggae, com misticismo e música de altíssimo nível, sem falar na escaleta afiada de Addis, uma pedra.
Addis com Ras Jammy, pelos rótulos Suns Of Dub, Brand Sound e outras entidades de sorte, lançaram vários gêneros e tipos de sons, focando principalmente em Dub e New Age Dub Reggae, antecipando lançamentos de vários projetos ao longo dos três últimos anos, e mais de 30 com liberação entre 2013 e 2014, realizadas por Digital & Vinil Projects; “Inna De Yard Riddim” com Shamala Productions, “Journey to Baltimore”, Rasta Rise Again”, “Sounds of Dub Meets Rockers International LP”, “The Russiam Experiment”, e muito mais EPs especiais, que tem influenciado ou contribuído para países como Índia, México, Japão, Rússia e muitos outros.

Addis tem tocado e produzido com a mesma intenção e inspiração que recebeu de seu pai, e até agora suas tentativas de seguir os seus passos tem sido muito bem sucedidas. Ele tem a consciência de que ainda há muito a ser feito, mas com o esforço e coragem que ele tem colocado em seus trabalhos, com o espírito de inovar sem perder as raízes, os resultados não poderiam ser diferentes. Temos o prazer de ter o filho de uma das maiores lendas do reggae carregando um grande legado e responsabilidade, com muita competência e talento. Não se comparando ao pai, mas sem esquecer os seus ensinamentos, ele tenta escrever o seu nome na história da música reggae, o que é importante, o mantendo sempre vivo e ainda mais forte.

Fonte:
https://www.facebook.com/addispablomusic

Download da Semana (62) – Augustus Pablo – King Tubby Meets Rockers Uptown (Deluxe) + Addis Pablo – In My Fathers House

Nessa semana temos um download de luxo, onde as raízes da música são passadas de pai para filho. O primeiro álbum é de Augustus Pablo, “King Tubby Meets Rockers Uptown”, esse álbum é um dos maiores clássicos da música reggae, um álbum de Dub mixado por King Tubby e que conta com a participação dos irmãos Barret e Robbie dos Wailers, além de arranjos e metais de Bobby Ellis e a clássica melódica (escaleta) de Augustus. Essa é a versão “Deluxe”, que traz mais quatro faixas do que a versão original. Aqui destaco canções como “Each One Dub”, “Stop Them Jah”, “King Tubby Meets Rockers Uptown”, “Frozen Dub” e “Satta Dub”. O segundo álbum é de Addis Pablo, “In My Fathers House”, lançado em 2013, seu álbum de estreia e que teve grande aceitação. É um excelente álbum que prova que o seu talento está no sangue, o legado ficou em boas mãos. Aqui destaco as ótimas “Evolution”, “In A Di Gideon”, “Giving Thanks”, “To The Chief Musicians” e “In My Fathers House”. Esse download é um presentão, pesadíssimo.


  • King Tubby Meets Rockers Uptown (Deluxe)


  • In My Fathers House

sábado, 22 de novembro de 2014

Nuttea

Explorando a diversidade da cena reggae, nessa semana trazemos um artista de Paris, que
mistura o hip-hop ao reggae, ele é Nuttea.
 Conhecido como Daddy Nuttea ou simplesmente Nuttea, cujo nome verdadeiro é Olivier Lara. Nascido em 1 de Janeiro de 1968, cresceu em Guadaluope, criado por seus avós, chegando a Paris aos seis anos. Desenraizado, ele conheceu os seus pais e irmã que ele nunca tinha visto. Já adolescente em busca de identidade, ele vive em uma cidade do décimo terceiro “distrito” de Paris, onde ele é confrontado com o crime e as drogas, que mais tarde irá inspirá-lo ao título “Encore Une Tombe à Fleurir”.
Na década de 80, Nuttea descobre o SKA e o rocksteady em determinados selos jamaicanos, Studio One e Trojan. Ele estava particularmente interessado em reggae e dancehall, onde se tornou um verdadeiro crente. Naturalmente ele evolui através dos “Sound Systems” (sistemas de som). O primeiro que ele participa ao lado de Tonton David, Don Lickshot e Polino, intitulado “High Fight” em 1989, desenvolvendo um novo estilo, fiel às raízes do reggae. Depois disso ele formou o seu próprio sistema de som, com Standtall Polino.
Em 1992, ele se destaca em suas duas primeiras aparições discográficas, “Rapattitude 2” e “Ragga Dub Force”. No ano seguinte ele lança o seu primeiro álbum solo “Paris Kingston Paris” (Delabel). Onde realizou o seu sonho, gravando na Jamaica, e com os famosos produtores dancehall locais, Steely & Cleavie. As letras são metade em Inglês e metade em francês, mas infelizmente, o álbum passa quase despercebido. Nuttea não desiste, ele co escreveu com o grupo francês IAM, de Marselha, o título de “La 25e image” (A 25ª imagem) que aparece no disco que acompanha o lançamento do filme de Mathieu Kassovitz “la Haine” (Ódio).
Em 1996, o seu segundo álbum intitulado “Retour Aux Sources”, reflete as preocupações dos nossos direitos. O single “I´ Agitateur” (O Agitador) evoca o caráter rebelde do artista. Ele amadureceu e o seu estilo ainda mais. Com canções melodiosas, textos cantados ou torrados (fluxo de voz se aproximando do rap) e até mesmo acapela. Neste álbum produzido por Frenchie (Reggaesonic), figura “Alerte” (Alerta), um dueto com o artista Akhenaton (cantor francês de rap), uma ponte entre o reggae e o rap. Outro som desse álbum é “Natural Mystic” de Bob Marley, cantada com o jamaicano Richie Stevens.
Nuttea excursionou no ano seguinte. Nesse mesmo ano gravou com IAM “Un Cri Court La Nuit”, que foi lançado em um álbum. Essa parceria entre Paris e Marselha foi um sucesso que rendeu a assinatura da trilha sonora do filme “Taxi 2” em 2000. É provavelmente o primeiro passo para o público geral, uma vez que o filme foi um sucesso. O grupo formado por Nuttea, Dope Rhyme Sayer, Jalano, Tairo, Disis La Peste, Vasquez Lusi e o grupo IAM (Shurik’N, AKH e Freeman) era conhecido como “One Shot” (Um Tiro).

Em agosto de 2000, o “novo” Nuttea estava nas lojas com o seu álbum “Le Signe dos Tempos” (O Sinal dos Tempos), gravado em Paris e Filadélfia, sendo bem sucedido. O primeiro single “Elle Te Rend Dingue (Poom Poom Short)”, o ragga é um sucesso instantâneo que o colocou no topo das paradas. Neste álbum, Nuttea mostra a sua extensa gama musical. Com a “Sonate Pour Un Sound Boy”, que é acompanhada pela Orquestra Filarmônica de Paris, enquanto em “The Key” ele canta com nada menos do que o jamaicano Luciano. O sucesso com o público em geral finalmente está aqui: 500 mil cópias vendidas do single “Elle Te Rend Dingue” e mais 150 mil do álbum.
Mas esse número quase triplicou em poucos meses, chegando em 400 mil copias vendias em outubro de 2002. Dado este êxito, sua gravadora lançou um mini CD dos cinco títulos mais importantes de sua carreira: “Unité”, “Elle Te Rend Dingue”, “Trop Peu De Temps”, “Le Show”, “Couvre-là” com UB40. Em vendas acumuladas, esses títulos já venderam mais de 2 milhões de cópias desde o lançamento.
Em junho de 2004, com o produtor do Fugees, Handel Tucker, vem um novo álbum, “Urban Voodoo”. Uma verdadeira fórmula musical que lhe permitiu ser conhecido ao público em geral, entre reggae e rap.
O impacto limitado do álbum levou Nuttea a dar uma pausa em sua carreira por alguns anos. Ele retoma sua carreira de onde começou: os sistemas de som, o ambiente onde sua reputação está intacta e é uma experiência sempre apreciada, o que permite que ele seja regularmente tocado em toda a França.
A partir de 2009, ele reaparece em várias compilações especiais, como: “Angel Riddim” e “Heat Riddim”. Apresentou-se também como atração principal do “Reggae Donn Sa Festival” nas Maurícias em novembro de 2010. No ano seguinte, se apresentou no palco do Zenith, em Paris, durante o show do grupo francês Danakil, que o convidou na ocasião.
 No início de 2013, depois de nove anos sem lançar um álbum, Nuttea lança “Mister Reggae Music”, projeto que ele mesmo produziu e gravou nos Estados Unidos, onde ele alterna cantando e mandando suas rimas como um DJ reggae. Uma canção que ele havia tomado emprestada de Bob Marley, “Natural Mystic”, em uma versão francesa na época de “Retour Aux Sources”, se aplica nesse momento a canção “Silhouette” do grande Dennis Brown.
 A tradição de convites recíprocos com IAM continua, através da presença de Akhenaton e Shurin’N, enquanto Balik, cantor do grupo Danakil foi convidado para um duo que soa como a passagem de um bastão, “Gardien Du Temple”.
Poucos meses depois, Nuttea foi para a Polinésia Francesa, pra uma série de concertos e partiu no final do ano para uma turnê hexagonal com uma dúzia de datas, organizada por Dragon Davy, juntamente com Brahim e Sir Samuel.
Aos 46 anos, o veterano Nuttea está em plena forma, pronto para provar a indústria fonográfica que ainda tem seu público e experiência. Ele é responsável por toda sua composição e produção de sua obra, o que por si só já prova tudo isso. Nuttea está está de volta nas baladas reggae.

Fonte:
http://www.rfimusique.com/artiste/reggae/nuttea/biographie

Download da Semana (61) – Nuttea – Mister Reggae Music

Esse download traz a volta de Nuttea aos estúdios e em plena forma, com composições e produção própria ele nos trouxe “Mister Reggae Music” após nove anos sem gravar. O álbum traz uma diversidade de gêneros, como reggae e rap, com batidas pesadas bem ao estilo Nuttea. Destaco as faixas “Héros”, “Prends Ma Main”, “Silhoutte”, “Tsunami”, “Gardien Du Temple” e “Hexagone”.

sábado, 15 de novembro de 2014

Fortunate Youth


Fortunate Youth é uma colaboração da banda reggae South Bag. Formada através de outras bandas, eles criaram uma fenomenal obra-prima de seis peças, trazendo mais fogo do que nunca para os palcos. Combinando vibes roots e linhas de baixo únicas, unidos com várias harmonias, solos de guitarras barulhentas e pesadas, chaves que separam Fortunate Youth de qualquer outra banda reggae do mainstream (corrente de moda ou estilo ao gosto da maioria, aquilo que está “bombando”, muito popular). Com sua alta abordagem, energia e presença de palco positivos, que proporcionam um show inesquecível para todos os fãs de música. O objetivo de Fortunate Youth é o de assegurar um desempenho que deixe você eufórico e curioso do que pode acontecer no próximo show.

Em 2011, eles apoiaram Tribal Seeds em âmbito nacional pela turnê “Tribal Youth Tour”, para espalhar a sua música consciente para a nação. Fortunate Youth se uniram com The Green, do Havaí, para uma corrida pelo Centro-Oeste e Costa Oeste americana, antes de saltarem de volta para os estúdios para gravar. Naquele ano eles atingiram as massas promovendo apenas as 6 canções do EP “Lifted Up – EP”, lançando mais tarde em 1 de julho de 2011 seu álbum completo, “Irie Stand Of Mind”. Fortunate Youth também esteve fortemente em turnê até o fim de 2011, incluindo ainda um lançamento no CD “Nationwide Released Summer Tour”.
Após o lançamento de seu segundo álbum completo, que rapidamente subiu para posição #2 nas paradas do iTunes Reggae e também mantendo por muito tempo a posição #13 na Billboard Top 100 Albums Reggae. Recebendo grandes elogios para o inicio do sucesso de Fortunate Youth, que se esforça para espalhar sua interpretação do Reggae para os amantes da música em todo o mundo.



Fortunate Youth excursionou fortemente em 2012, apoiando cabeças como The Expendables e Tribal Seeds. A banda também encabeçou seu próprio “Nationwide Summer of Sweet Love Tour”, provando que eles podem puxar seu próprio peso também. Fazendo sua primeira partida internacional, Fortunate Youth fez quatro shows na Costa Rica, espelhando o amor pela música reggae internacionalmente.
Em 2013, o lançamento do álbum “It´s All A Jam”, bateu inúmeros gráficos, incluindo a posição #1 na Billboard National Reggae, #10 Billboard Pacific Heatseekers Chart, #23 Billboard National Heatseeker Chart e #46 do iTunes em geral.
Em seguida ao lançamento do álbum, Fortunate Youth partiu para diversos shows pela “Headline Tour” em que muitos shows foram vendidos pelo país afora, incluindo a incrível “Cali Roots Festival” de Monterey, CA.
Eles tiveram a honra de dividir o palco com bandas como Groundation, Toots & Maytals, The Green, The Wailers, Katchafire, The Expendables, Pepper, Dirty Heads, Natural Vibrations, Tomorrow Bad Seeds e Sashamon.
Para quem ainda não conhecia a banda Fortunate Youth está aí, pacote completo com biografia e download da semana. Mais uma banda californiana talentosa que desembarca em nosso blog, com seu som pesado de guitarras, baixos e letras positivas.

Membros:
Dan Kelly- Líder Vocal
Travi Bongo - Percussão
Jered – Teclado / Baixo
Greg – Baixo / Guitarra
Corey – Guitarra / Baixo / Teclado
Jordan - Bateria

Fonte:
http://www.fortunatemusic.com/#!info/c161y

Download da Semana (60) – Fortunate Youth – It´s All A Jam

Recomendado download da semana, para quem ainda não conhece o som da banda Fortunate Youth de Los Angeles, Califórnia, onde o reggae brota com qualidade, está aí “It´s All A Jam”, trabalho mais recente da banda, lançado em 20013. O álbum conta com a participação de músicos como Josh Heinrichs, Steffano Lasso, Steve Jocobo e Zion Thompson. Nesse álbum destaco as faixas “Ali´s Song”, “Positive”, “So Rebel”, “Peace, Love and Unity” e “Sweet Sensi”. Para quem curte um reggae rock, recomendo o som de Fortunate Youth.

sábado, 8 de novembro de 2014

Sebastian Sturm

Ele nasceu em 1980, na Alemanha, tem multiculturalismo em suas veias, seja por seu pai alemão ou por sua mãe indonésia, ele viveu grande parte da sua vida entre Holanda, Bélgica e Alemanha. Essa diversidade de culturas possibilitou a ele agregar ainda mais as sua letras, o jeito clássico de compor música e inseri-lo no mais puro e autentico reggae roots. Ele é Sebastian Sturm!

Aos 14 anos formou sua primeira banda punk, descobrindo no decorrer do tempo o seu amor pelo reggae. Ele entrou no estilo dancehall, onde fundou a banda “Jogit Beat” e a partir daí obteve destaque na cena reggae.
Após a separação de sua banda Jogit Beat em 2005, ele começou sua colaboração com a banda de reggae “JIN JIN”. Em 2006, gravou o seu primeiro álbum, intitulado “This Change Is Nice”. O álbum trouxe sucessos como “Good Life”, “Time”, “I Just Want You” e “Time To Say No”.
Sebastian Sturm
Em 2009, vem o lançamento do álbum “One Moment In Peace”, e o sucesso chega. Logo Sebastian Sturm se torna a nova sensação do reggae na Europa, sendo considerado uma das promessas do reggae mundial. Muitos brincavam o chamando de “Bob Marley europeu”. O álbum possui a romântica canção “Hey Eyes”, um dos sons mais ouvidos do cantor até hoje. Também faz parte do álbum a pulsante “True Music”, além do pedido de paz mundial declarado em “One Moment In Peace”.
Seu terceiro álbum foi “Get Up & Get Going”, lançado em 2011, que eu considero o melhor de sua carreira, pois mostra o visível amadurecimento musical de Sebastian Sturm. Nesse trabalho ele é acompanhado pela banda Exile Airline, que consiste nos mesmos membros da antiga JIN JIN, apenas mudaram o nome. O álbum traz excelentes canções como “Get Going”, “Don’t Look Back”, “Children, Don´t Go Blind”, “Never Been As Sad”, “Faith” e “Tear Down The Walls”.
 Em 2013, já não mais como promessa, mas realidade, a carreira de Sebastian Sturm dá mais um grande salto, ele lança o seu quarto álbum de estúdio, “A Grand Day Out”, com apoio de Exile Airline e participação de Harrison Stafford (líder da banda Groundation) na música “Right To Remain Silent”. O álbum traz outras ótimas canções como “Vision”, “I’m Your Man”, “Real Strength” e “One Step Onto The Train”.


Sebastian Sturm é considerado um artista incrível e extraordinário por duas simples razões: sua VOZ e MÚSICA. Inesquecíveis apresentações no palco fazem com quem mesmo não conhecendo sua música se apaixone a primeira vista quando presencia sua performance ao vivo. Sua musicalidade tem forte influência do reggae de raiz. Conheça e aprecie o excelente som de Sebastian Sturm.
 
Sebastian Sturm & Exile Airline
Fonte:
http://www.sebastian-sturm.com/music/

Download da Semana (59) – Sebastian Sturm – This Change Is Nice + One Moment In Peace

Musicalidade e voz impecáveis fizeram de Sebastian Sturm um artista incrível, e essa semana trazemos os seus dois primeiros álbuns, já que disponibilizamos o seu terceiro álbum Get Up & Get Going em 2013 (link). Em “This Change Is Nice” destaco as canções “Time To Say No”, “Good Life” e “Time”. Em “One Moment In Peace”, que é um apelo pela paz mundial, destaco “One Moment”, “Her Eyes” e “True Music”.


  • This Change Is Nice



  • One Moment In Peace

sábado, 1 de novembro de 2014

Giant Panda Guerilla Dub Squad

Giant Panda Guerilla Dub Squad (GPGDS) é uma banda de reggae americana, fundada em 2001, com sede em Rochester, New York.
A banda é conhecida por dobrar a estética da cena “jamband” nas estruturas do reggae. Em shows ao vivo, que os tornou famosos, a banda executa composições estendidas, enquanto em seus álbuns de estúdio anteriores, misturam raízes reggae com psicodelia (álbum In These Times, 2012), ou divergiram do gênero completamente, seguindo uma linha reta americana, isso é visível no álbum Country, 2012. Em “Steady” (2014), o quarto álbum de estúdio da banda, o primeiro pelo selo Easy Star Records, Giant Panda sintetizou sua abordagem, tecendo instrumentação popular do tradicional reggae, com arranjos que permitem que o reggae soe de uma maneira não tradicional. Steady pode não ser o primeiro registro com inspiração em antigos tempos da Jamaica de 70, mas ele pode ser considerado o melhor trabalho da banda.
Grande parte do poder de Steady vem da atenção posta no processo de gravação. Craig Welsch, um dos principais integrantes da banda 10 Ft. Ganja Plant, convidou Giant Panda para seu estúdio em Boston, com a intenção de “captar um aspecto da Panda que ninguém nunca tinha ouvido ainda, algo totalmente diferente”. Isso soa verdadeiro em faixas como “Wolf At The Door” e “.45”. James Searl (baixo e vocal) brinca que a banda “sempre seguiu John Brown’s Body em estúdios”, assim como o estúdio em que gravaram foi usado anteriormente pela lendária Ithaca, banda também de Nova Iorque. Essa tendência continuou forte, como Craig Welsch antigamente era engenheiro dub da Jonh Brown’s e produtor de algumas de suas melhores sessões, quanto à outra canção de Steady – uma erva joia de fumar – “Mr. Corp” – produzida por Matt Saccuccimorano, que dirigiu o ultimo lançamento de John Brown’s Body. A única faixa do disco que não vem de Welsch é a título que foi coproduzida por Danny Kalb, que já trabalhou com The Green, Bem Harper e Jack Johnson.
Giant Panda, formada em 2001 em Rochester, Nova Iorque. A área misteriosamente fértil para o desenvolvimento da cena reggae nos Estados Unidos, a cidade tem laços que remontam a 1981, quando o lendário Lee “Scratch” Perry recrutou toda a sua banda de apoio de Rochester. A região norte do estado de Nova Iorque se tornou o primeiro apoio de Giant Panda, enquanto seus membros ainda estavam na escola e começando a faculdade. Nesses anos de formação, Giant Panda começou a explorar suas músicas com uma abordagem experimental que é estilisticamente semelhante ao Greatful Dead (banda de rock de São Francisco, Califórnia, 1965), mantendo suas raízes firmemente plantadas em ritmos reggae e conteúdo lírico. Por volta de 2005, começaram a notar a banda depois de um dos primeiros shows no Colorado, onde receberam uma colocação no popular web site “Arquive.org”. Giant Panda logo se tornou uma referência nos festivais jamband.
De 2005 a 2013, a banda tem três membros originais, o baterista Chris O’Brian, o guitarrista e vocalista Dylan Savage, e o baixista e vocalista James Searl, que começaram uma média agenda de mais de 100 shows, realizada dentro de um ano, em todo os Estados Unidos, Canadá e Jamaica. Seu terceiro vocalista, multi-instrumentista Dan Keller, se juntou ao grupo há alguns anos atrás, quanto ao tecladista Tony Galliccho, se juntou em 2013. (A maioria das gravações para Steady são do ex-integrante Aaron Lipp, embora Galliccho possa ser ouvido em duas faixas).
O tempo contínuo de estrada da Giant Panda amadureceu os seus integrantes, os tornando em instrumentistas “monstros”. Sua atenção para o estúdio em anos posteriores, juntamente com uma mistura única de reggae e música americana rural, solidificou Giant panda como uma das bandas mais queridas da região. Como em sua cidade natal, eles conseguem unificar uma cultura intelectual e criativa, com colarinho azul passado, mas trabalhando duro.
Os materiais dos três compositores principais são diferentes o suficiente para criar uma experiência de audição fluindo e diversificando. Hinos inspiradores de Dylan Savage tendem a ser mais “classicamente” reggae, com canções como “Not The Fool”, “Whatever Coast” e “Solution”, ecoando influências como Culture (1979), e no início de Burning Spear e Jimmy Cliff. James Searl é mais experimental, tanto na forma (“Wolf At The Door” quase poderia ser uma canção do Elvis Costello, enquanto “.45” utiliza African e influencias Blues) quanto em letras: sua “Hurt Up Your Brother” é quase dadaísta, tendo algumas linhas e constantemente reorganizando-os para alcançar novos significados, cheios  de sensações absurdas e expressivas. Canções de Keller, ilusoriamente no meio, conseguem ir a ambos os sentidos, com um groove reggae hardcore em “Move”, dando lugar a um coro inesperado, ou com a cativante “Home”, sendo uma das poucas canções de reggae na história a usar um banjo tão criativo e apropriadamente.
Giant Panda Guerilla Dub Squad (GPGDS) é uma de um número crescente de bandas que trabalham tanto com Rootfire quanto com Easy Star Records. Marcas que se uniram, tornando-se uma das parcerias mais célebres e bem sucedidas da cena moderna reggae. Um ganho para os apreciadores do reggae music, que tem crescido cada dia mais. Apreciem o som de mais uma banda de reggae, que incorpora as raízes do gênero com um toque de modernidade e que veio para ficar. A crítica os tem aceitado e aclamado, alguns os colocando como “músicos magistrais”, outros como “uma das bandas mais inovadoras”. O fato é que o som de Giant Panda Guerilla Dub Squad é verdadeiramente demais.

Download da Semana (58) – Giant Panda Guerilla Dub Squad – In These Times + Steady

Uma das bandas mais versáteis, inovadoras e talentosas da cena reggae atual chega ao nosso download - Giant Panda Guerilla Dub Squad – com dois álbuns que são demais.
O primeiro álbum é “In These Times”, lançado em 2012, com faixas como: “Love You More”, “Healing”, “Far Away”, “Foundation” e a título “In These Times”. “O segundo álbum é o recém-lançado “Steady”, que além da faixa título traz ainda “Whatever Cost”, “Wolf At The Door”, “Take Your Place”, e “Mr. Corp”. Esse download está pesado, dois grandes álbuns em uma única 'tacada', baixem! 


  • In These Times


  • Steady