O reggae não é só um estilo musical, o reggae vai além, é um movimento social que trata da desigualdade, que fala da verdade, liberdade, respeito, paz e amor. O reggae é revolucionário, aqui você abre a sua mente, aqui você é livre!
domingo, 28 de julho de 2013
Download da Semana (27) – Alborosie – Alborosie, Specialist & Friends
Seguindo a biografia da semana, o download será
um excelente álbum do Alborosie, “Alborosie, Specialist & Friends”. Lançado
em 2010, o álbum conta com a participação de mais de dez artistas em 26 músicas
divididas em 2 Cds, entre os artistas estão Black Uhuru, Dennis Brown, Steel
Pulse, Gramps Morgan, Jah Cure, Gentleman, Sizzla, Etana e muito mais. Uma
variedade de artistas do tradicional reggae e também do cenário atual, reunidos
ao som irresistível de Alborosie, vale a pena ter esse excelente álbum.
Alborosie
Alberto D’Ascola é um músico
italiano, nascido na Sicília em 1977. É multiinstrumentista, toca guitarra,
baixo, bateria e piano. Ele faz parte da elite atual do reggae, diretamente da
Sicília para o mundo, Alborosie.
Alborosie começou sua carreira
na Itália, lá ele era conhecido principalmente pela música produzida pelo
“Reggae National Tickets”, grupo de reggae que ele formou em 1992 aos 15 anos
de idade e do qual era líder. A banda rapidamente atingiu sucesso vendendo mais
de 200 mil discos. Eles foram a primeira banda italiana a tocar no Sunsplash e
Sumfest na Jamaica nos anos noventa.
Depois de sua carreira na
Itália, Alborosie terminou a experiência com o grupo e partiu para a Jamaica em
2000, decidindo fazer uma viagem de descoberta das raízes do reggae e da
cultura rastafari. Sua amizade com John Baker (ex-produtor de Pm Dawn e membro
da Island Records) foi decisiva: ele começou a trabalhar no estúdio “Gee Jam”
de Baker no interior da Jamaica e, pouco a pouco, começou a trabalhar como
engenheiro de som e produtor de artistas internacionais como Wyclef, Angie
Stone e Sisco. Ele também gravou Manu Chao e Nubians durante suas visitas à
ilha.
Graças ao seu talento como
produtor, ele conseguiu gerenciar o grupo Digicel Rising. Depois dessa experiência,
ele rotulou seu primeiro registro em seu próprio selo “Forward Music” em 2004.
Apesar de algumas boas
músicas, principalmente “Burnin’ and Lootin” com Ky-mani Marley, ele teria que
esperar até 2006 para alcançar o reconhecimento internacional com “Herbalist”,
que foi considerada a melhor canção do ano por David Rodigan.
Alborosie torna-se o
primeiro artista branco a ser distribuído na Jamaica pela gravadora de Bob
Marley, Tuff Gong.
Desde a sua chegada a
Jamaica, Alborosie havia conquistado o respeito no círculo musical de Kingston,
onde instalou o seu estúdio no bairro popular de Barbican. Ele era conhecido
não só pela sua música, mas também pela sua capacidade de produção, trabalhando
com grandes artistas locais.
Acima de seu trabalho como
produtor em “e.i. XXL Riddin”, com vozes de Gentleman, Sizzla, Luciano, Ky-mani
Marley, ele continuou suas próprias gravações, sucessos como “Kingston Town”,
“Slam Bam” e “Police”, além de parcerias com U-Roy em “Precious”, Sizzla em
“Meditation” e Gentleman em “Celebration”.
Seu primeiro álbum solo,
“Soul Pirate”, foi lançado em setembro de 2008 sob o rótulo Forward Recordings.
Este primeiro álbum foi precedido por uma edição limitada distribuída durante
sua turnê européia. “Soul Pirate” na voz do melhor DJ de reggae do mundo, nas
palavras de David Rodigan, com amostras de sua própria música que o tornou
famosos no mundo da música reggae.
Em 2009, Alborosie fechou
sua própria gravadora para trabalhar com Shang Yeng Clan Studios, que lançou o
jovem artista com o single “Mama She Don’t Like You”.
Ainda em 2009, Alborosie
voltou para a Itália e Europa apoiado pela “Shengen Clan Band” para apresentar
o seu novo álbum, “Escape From Babylon”, apresentando 16 músicas exclusivas com
participação de artistas famosos como, Dennis Brown e Gramps Morgan do grupo
reggae Morgan Heritage. “Escape From Babylon” foi lançado pelo selo lendário,
Greensleeves Records, fundado em Londres em 1975 por Chris Sedgwick e Chris
Cracknell. Mais tarde em 2008 foi comprado pela VP Records, que produziu
artistas como Shabba Ranks, Sizzla, Dennis Brown, Elephant Man e Vybz Kartel,
ao lado de hinos históricos do reggae, como Sean Paul “Get Busy”, Shaggy’s “Oh
Carolina” e Bennie Man’s “Who Am I”.
Nos primeiros meses de 2010,
Alborosie estava envolvido em uma turnê mundial que incluiu datas no México e
na Califórnia. Junto a sua turnê pelos Estados Unidos, Alborosie lançou o álbum
“Escape From Babylon To The Kingdom of Zion”, que diferente do álbum anterior,
inclui 18 músicas inéditas como, “Boo Blue Movie” e “Stepping Out”, com
participação de David Hines (vocalista da banda de reggae Steel Pulse, que
ganhou um Grammy em 1986).
Em julho de 2010, Alborosie
lançou o álbum “Dub Clash”. Nesse trabalho Alborosie toca a maioria das faixas,
bateria, teclados, guitarra e percussão, ao lado de alguns músicos da Shengen
Clan. “Dub Clash” é gravado e mixado no Shengen Studio em Kingston, Jamaica,
por Alborosie e é o primeiro álbum Dub da Jamaica em um longo período de tempo
do autentico “roots springs reverb sound”.
Ainda em julho de 2010, veio
o lançamento de uma edição limitada de Alborosie, o álbum “Alborosie,
Specialist & Friends”, como o próprio nome já diz o álbum contava com
grandes especialistas e amigos da música reggae, em ótimas canções gravadas ao
longo da carreira de Alborosie e que agora integravam esse excelente álbum,
sendo duplo e contendo 26 faixas. Vai a lista de feras que participam do álbum:
Michael Rose, Gentleman, Steel Pulse, I-Eye, Horacy Andy, Luciano, Ky-mani
Marley, Gramps Morgan, Zoe, The Tamlins, Spiritual, Sizzla, Ranking Joe, Black
Uhuru, Jah Sun, Shabba Ranks, Queen Latifah, Nikki Burt, Jah Cure, Etana, Lady
Ann, Busy Signal e Dennis Brown.
Em junho de 2011 veio o
lançamento de mais um sucesso, o álbum “2 Times Revolution”, que trazia Alborosie
na capa, armado com a sua guitarra em forma de uma arma, “armado com a música”.
O álbum conta com a participação de Etana na faixa “You Make Me Feel Good”, com
sua bela voz já conhecida de trabalhos anteriores de Alborosie, e ainda Junior
Reid participando da música “Respect”. Além das ótimas mensagens de
consciência, valor e amor, o álbum tinha uma mescla de sons para todos os
gostos, do tradicional reggae roots, passando pelo Hip-Hop, Raggamuffin até o
Dancehall.
Seu álbum mais recente é o
“Sound the System”, lançado na primeira semana de julho de 2013, e que é um
verdadeiro marco. Além de seu talento como cantor e DJ, Alborosie escreve a
maior parte de seu próprio material e toca praticamente tudo que ouvimos em
seus registros. Ele é o homem da “Renascença” dos tempos modernos – um cidadão
global que demonstra o domínio do reggae tradicional, enquanto aponta o caminho
a seguir para si e para o gênero.
Ele descreve Sound the
System como “um novo capítulo”, e diz que o chamou assim “porque nós estamos lá
empurrando a música como sempre. E eu estou dizendo às pessoas que se você
ouvir Sound the System, então você vai ouvir uma boa música e aprender a viver
bem”.
“Essa música é muito
poderosa” – “Ela está dizendo que o Rasta não é um criminoso... Ele está
dizendo que a música reggae ainda é profunda, sabe? Eu o escrevi em resposta
àqueles que afirmam que o reggae está morrendo. Quero dizer em certo sentido,
essa é a verdade, porque o negócio reggae está morrendo, mas não a música em si
– que esta apenas mudando”. – Alborosie sobre o novo álbum Sound System.
Alborosie pode não ser
jamaicano de nascimento, mas ele ainda promove a música reggae no seu
verdadeiro sentido, evocando velhos clássicos, sua música não apenas parece ser
grande, mas tem um significado. Com dreadlocks quase tocando o chão, ele é um
rastafari orgulhoso, armado com uma filosofia rebelde, ainda há um ar de
comemoração para a sua música que é impossível de resistir. Ele insiste em
seguir seu próprio caminho e se mantém em evolução, mantendo os instintos
guerreiros que se tornaram sua marca registrada.
“É melhor viver como um
guerreiro por um dia, do um coelho para a vida”. – “Eu tento me manter forte.
Eu cumpro o meu reggae roots e coloco sentimentos reais nele, mas há poucas
pessoas que fazem isso hoje. Música reggae tornou-se globalizada, sim, mas as
pessoas hoje em dia querem fazê-la. Eles querem se alguém. Eles querem cifrão.
Não me entendam mal. Preciso de dinheiro para pagar a minha conta de luz e
manter o estúdio, mas eu não faço música por dinheiro e eu não acredito que
você pode fazer boa música dessa forma. Você tem que fazer música para seu
próprio bem e, eventualmente, o dinheiro virá, sabe? Eu acredito nisso, mas se
o dinheiro não vir, bem, então eu vou ser um carpinteiro. Eu vou sobreviver.” –
Alborosie.
Fonte:
pt.wikipedia.org/wiki/Alborosie
domingo, 21 de julho de 2013
Download da Semana (26) – Damian Marley – Welcome to Jamrock
O download da semana é o premiado “Welcome to Jamrock” (2005), que levou o Grammy de Melhor Performance Urbana/Alternativa pela faixa título e também como Melhor Álbum de Reggae do Ano. Quem aí não curte a batida hipnotizante e lírica de Welcome to Jamrock? O álbum ainda conta com “All Night”, “Pimpa’s Paradise”, “For The Babies” e “Hey Girl” com participação de Stephen Marley, que também trabalhou na produção do álbum, ainda tem a batida de “Move!”, Eek-A-Mouse participa da faixa “Khaki Suit” e Nas da faixa “Road to Zion”. Vale a pena ter esse excelente álbum!
Damian Marley
Damian Robert Nesta Marley,
nascido no dia 21 de julho de 1978 em Kingston, Jamaica. Damian tinha apenas
dois anos de idade quando o seu pai a lenda do reggae Bob Marley morreu, sua
mãe é Cindy Breakspeare, ex-miss mundo. Bob Marley tinha o apelidado de “Tuff
Gong”, então em homenagem a ele e como era filho caçula, Damian recebeu o
apelido de “Jr. Gong”, por isso usa o nome Damian “Jr. Gong” Marley
em seus projetos.
(Damian "Jr. Gong" Marley) |
Damian Marley hoje é cantor,
compositor e produtor musical, ele explorou as sua raízes musicais para se
tornar um dos artistas mais populares da atualidade.
Como Vários dos filhos de
Bob Marley, Damian nasceu fora do casamento de Bob com Rita Marley, Bob não
suportava o estilo de vida dos ocidentais, para ele não existia esse tipo de
compromisso, mesmo tendo casado com Rita aconselhado por Coxsone Dodd, para Bob as
pessoas deveriam ser livres desse tipo de compromisso, se ele tinha que seguir leis, seriam apenas as
leis de "sua majestade" (Haile Selassie), se não fossem elas leis, ele poderia fazer as sua próprias
leis.
(Bob Marley e Cindy Breakspeare) |
A mãe de Damian, Cindy
Breakspeare, foi Miss Mundo em 1976, e criou o seu único filho em um subúrbio
de Kingston, não muito longe de Rita Marley. Apesar de não ser um dos seus
próprios filhos, Rita sempre saudou os filhos de Bob de outros relacionamentos
em sua casa, sempre os tratando como filhos próprios. Damian disse em
entrevista à Entertainment Weekly, que a casa de Rita, foi como a casa de sua
própria família. Cindy Breakspeare sempre foi presente na famosa casa de Bob na
Hope Road 56, que anteriormente havia sido de sua família, convivendo no meio
social e criações de Bob, The Wailers e I-Threes de Rita, então a relação delas
nunca foi conturbada, pelo contrário, sempre tiveram boas relações até os
últimos dias de vida de Bob, onde estiveram presentes.
(Stephen Marley e Damian Marley) |
Damian Marley começou sua
carreira aos 13 anos de idade, sendo integrante do grupo “The Shepherds”, que também
incluía outras descendentes do reggae, Shiah Coore filha de Cat Coore do “Third
Word” e Yashema McGregor cuja mãe é Judy Mowatt do “I-Threes”. A banda teve
algum sucesso na Jamaica, mas Damian decidiu partir para o seu sonho de
carreira solo. Ele começou a trabalhar com o seu irmão Stephen Marley em seu
primeiro álbum, “Mr.
Marley” (1996). Os dois co-escreveram muitas das faixas do
álbum juntos, utilizando muitas bases de músicas de seu pai Bob Marley, com um
estilo assumido dancehall. Apesar de algumas faixas muito boas, o álbum não
conseguiu se conectar com alguns ouvintes.
Nos anos seguintes Damian
partiu para turnês bem sucedidas, tocando em grandes festivais ao lado de seu
irmão Julian Marley, onde conquistaram posição de destaque no Lollapalooza de
1997, a performance nos palcos de Damian já chamavam atenção e levantavam o
público.
O próximo esforço de Damian
foi o álbum “Halfway Tree” (2001), produzido por Stephen e que trouxe a Damian
atenção maior e louvor das críticas por parte da combinação de estilos
dancehall e hip-hop ao reggae. A gravação ganhou o prêmio Grammy de Melhor
Álbum Reggae do Ano, entrando para a galeria que os seus irmãos já haviam
conquistado com Ziggy Marley & The Melody Makers, do qual Stephen, Cedella,
Sharon e Ziggy fizeram parte até o ano 2000, onde ganharam três prêmios Grammy
de Melhor Álbum de Reggae.
(Damian no Grammy Awards) |
O reconhecimento
internacional de Damian aconteceu em 2005, com o lançamento do álbum “Welcome
to Jamrock”. O single havia sido lançado em 2004 pela Tuff Gong, gravadora independente
de Bob Marley que foi iniciada na década de 60 e ainda está nos domínios da
família Marley e tem lançado excelentes trabalhos não só dos filhos de Bob, mas
de grandes artistas da atualidade. O fato é que o single “Welcome to Jamrock”
trazia um ritmo hipnotizante, explorando as dificuldades da vida real e
conflitos políticos voltados para o povo da Jamaica. O sucesso do single levou
Damian a novas composições que resultaram no próximo álbum, trabalhando com
Stephen como co-produtor veio o lançamento do seu maior álbum até hoje, Welcome
to Jamrock (2005), incorporando elementos do reggae, hip-hop e R&B,
alcançando o topo de todas as paradas para esse gênero, conquistando a
universalidade como álbum entre o “Top 200 da Billboard”.
A faixa Welcome to Jamrock
ganhou o prêmio Grammy de Melhor Performance Urbana/Alternativa, a música ainda
foi trilha sonora do filme Conexão Jamaica, estrelado por outro filho de Bob,
Ky-Mani Marley. O álbum foi premiado com o Grammy de Melhor Álbum Reggae do
Ano, com Stephen mais uma vez na produção.
Em 2010 veio o lançamento de
Damian junto com o rapper americano Nas, o álbum “Distant Relatives”, o
trabalho ainda contou com Stephen Marley mais uma vez na produção, além de
outros artistas do gênero reggae, R&B, hip-hop e Rap em algumas faixas. O
álbum trazia uma fusão musical de hip-hop e reggae, contendo temas líricos
sobre a pobreza e sofrimento na África.
(Damian Marley e o rapper Nas) |
“Estamos tentando construir
algumas escolas na África em parceria. Estamos tentando mostrar o amor e outras
coisas com esse album. O título do álbum deriva de Nas em relação a Damian
Marley, sua ascendência Africano compartilhada, a ancestralidade compartilhada
com toda a raça humana, que musicalmente e liricamente inspirou cada gravação”.
– (Nas em entrevista à MTV em 2009)
O álbum recebeu criticas
positivas da maioria dos críticos de música, estreou no número cinco da
“Billboard 200 Chart”, vendendo 57.000 cópias em sua primeira semana.
Damian faz parte hoje de uma
banda chamada “SuperHeavy”, que conta com integrantes de gêneros musicais
distintos, sendo eles Mick Jagger, Dave Stewart, Joss Stone e A.R. Rahman, só
músicos talentosíssimos. O resultado dessa parceria foi o álbum “SuperHeavy”
(2011), algo diferente do que já se tinha visto, com a mescla de criatividade e
excelência que cada um trouxe de seus gêneros musicais, criando algo novo e
muito bom para os fãs de música, com destaque para o single “Miracle Work”, que
recebeu muitas críticas positivas.
“Nós queremos convergir
estilos musicais diferentes... Estamos sempre a misturá-los, mas eles estão
sempre separados”. – Mick Jagger.
O ultimo lançamento de
Damian foi o single “Affairs of the Heart” (Assuntos do Coração), que agora em
2013 integrou o álbum “Set Up Shop”, lançado pela Ghetto Youths International,
uma gravadora que Damian tem com seus irmãos, Stephen, Julian e Ziggy, um de
seus projetos junto à talentosa família Marley de cantores, compositores e
produtores.
As músicas de Damian são
envolvidas por críticas sociais e apesar de cantar o mesmo estilo do pai, o
reggae, ele também aderiu outros estilos como R&B, Hip-Hop e Dancehall,
criando um estilo próprio e único, fazendo a sua marca. As suas músicas também
refletem as suas convicções Rastafari, como os princípios ao amor, ao planeta,
e a liberdade para todos os povos.
Esse é Damian “Jr. Gong” Marley, um dos grandes nomes da música, não ficou apenas a sombra do Rei do Reggae Bob Marley, mas aproveitou as suas raízes do reggae, e através da fusão com outros gêneros criou uma sonoridade própria, com letras fortemente marcadas pela crítica social e batida hipnotizante.
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Download da Semana (25) – Gregory Isaacs – Mr. Isaacs + Night Nurse
Esse foi um dos downloads mais complicados de escolher, pois a discografia de Gregory Isaacs além de ter centenas de álbuns, é muito grandiosa. Mas escolhi para essa semana dois excelentes álbuns.
O primeiro é “Mr. Isaacs”, lançado em 1977, um clássico repleto de grandes sucessos de Gregory, entre eles “Sacrifice”, “Storm”, “The Winer” e “Smile”. O segundo é o poderoso “Night Nurse”, lançado em 1982, para muitos é o melhor álbum de todos, entre os sucessos estão a própria canção que intitula o álbum, além de “Stranger in Town”, “Objection Overruled”, “Cool Down the Pace” e “Not the Way”. Imperdível!
- Mr. Isaacs (1977)
- Night Nurse (1982)
Gregory Isaacs
Anthony Gregory Isaacs, mais
conhecido como Gregory Isaacs, nascido em Kingston, Jamaica, no dia 15 de julho
de 1951.
Gregory foi um dos grandes
nomes do reggae, considerado como uma das vozes mais sofisticadas do gênero.
Suas músicas se tornaram grandes clássicos do reggae, em uma lista com mais de
500 discos gravados entre Jamaica, Estados Unidos e Reino Unido, fica até
difícil escolher quais os melhores, mas podemos citar alguns como, In Person
(1975), Mr Isaacs (1977), Slum (In Dub) e Cool Ruler (1978), Soon Forward
(1979), The Lonely Lover (1980), More Gregory (1981), Lovers Rock (1982), o
clássico Night Nurse (1982), Private Beach Party (1985), My Number One (1990),
e por ai vai a imensa lista de grandes álbuns, com clássicas canções que foram
eternizadas na voz de Gregory.
No fim da década de 70,
Gregory Isaacs já era considerado um dos maiores cantores do reggae do mundo.
Já fazia suas apresentações regularmente para os Estados Unidos e Reino Unido,
o seu sucesso era comparável apenas ao de Bob Marley e Dennis Brown.
A segunda feira de 25 de
outubro de 2010 trouxe a triste notícia de que um dos maiores nomes da música
reggae havia partido. Gregory faleceu aos 59 anos de idade em sua casa em
Londres, após uma batalha contra um câncer de pulmão. Hoje Gregory estaria
completando 62 anos.
Amado por todos, por sua
família e por seus fãs, Gregory deixou saudades, mas deixou também uma obra
grandiosa, para muitos a mais conhecida e poderosa foi “Night Nurse”, canção
que também intitula o álbum lançado em 1982, que foi gravado no Tuff Gong
Studios, de Bob Marley, em Kingston, Jamaica. Esse álbum fez Gregory atingir um
grande sucesso, entre outras músicas do álbum estão “Cool Down the Pace”,
“Stranger in Town” e “Not the Way”, alguns dos seus clássicos sons. (Cá entre
nós, saíram grandes obras desse Tuff Gong, não só de Bob Marley, mas de outros
grandes nomes do reggae clássico jamaicano e também do cenário atual).
Com certeza Mr. Gregory
figura entre as lendas do reggae e será sempre lembrado como um dos
responsáveis pela excelência da arte musical jamaicana.
“As pessoas em geral adoram
falar mal de quem não conhecem e não conseguem entender. Elas sempre acreditam
no mal que lhes contam e duvidam do bem... Quanto as drogas, são as armas mais
devastadoras. Foram o maior erro que cometi... Grande parte do que ganho com
meu trabalho serve para ajudar a todas essas pessoas que precisam de
assistência. Por isso a maior alegria para mim é a festa anual que fazemos no
Orfanato de Maxfield no dia 7 de janeiro. Meus garotos e outras crianças da
comunidade juntam cadernos, pinceis e materiais e doam para eles. Já doei até
um carro e várias cadeiras de rodas. Se estou vivo até hoje é porque procuro
fazer o que é certo". Gregory Isaacs (Respostas
de Gregory a perguntas feitas a ele em relação as pessoas da comunidade que
sempre pediam a sua ajuda e também sobre as drogas que foram o que mais o
prejudicou).
"Eu represento o povo. Fazer o povo feliz me faz feliz”.
– Gregory Isaacs
segunda-feira, 8 de julho de 2013
Download da Semana (24) – Cultura Profética – Canción de Alerta
O download da semana é o primeiro álbum da Cultura Profética, “Canción de Alerta”, lançado em 1998. O álbum foi gravado no Tuff Gong Studios, onde Bob Marley produziu alguns de seus maiores sucessos. Produzido ainda por Errol Brown, nada menos do que o senhor que deu magia aos sons ao vivo de Bob Marley durante 15 anos. Essa produção ainda rendeu a Cultura Profética um disco de ouro, ganhando público e boas críticas. Vale a pena baixar esse ótimo álbum.
Cultura Profética
Banda originária de Porto
Rico, que começou a sua carreira em 1996, desde então tem ganhado destaque com
uma carreira internacional crescente. Suas letras são baseadas em questões
sócio políticas, ecológicas e românticas.
“Conectar-se ao ritmo da
terra, sentir e entender que juntos somos uma força, tudo é possível se você
tentar”. Com este lema, esse grupo de jovens porto-riquenhos dedicaram suas
vidas a fazer música. Universidade ciente dos direitos econômicos, políticos e
sociais no país e no mundo, decidindo aumentar o seu voo para a liberdade, da
igualdade e da natureza. Suas criações musicais engenhosas são de um valor
contemporâneo e universal, sem esquecer a importância da composição espontânea,
sentido fresco e muito poético. Superar as barreiras ideológicas que transcende
os valores de gerações é um dos méritos da Cultura Profética, caracterizam como
uma bandeira de luta e de reafirmação da união que despreza os estereótipos
sobre a cor da pele, social, ou de filiações políticas.
Cultura Profética não limita
selos ou rígidas classificações musicais. Embora a base musical seja o Reggae
Roots, são visíveis as mesclas com outros gêneros como, Jazz, Funk, Salsa, Mento, Ska, Hip Hop, música brasileira e uma inegável fusão de raízes afro caribenhas
em geral.
Em busca da perfeição e
prova inegável de talento genuíno, Cultura Profética conseguiu alcançar a
“Meca” do clássico Reggae Roots e abrir as portas para trabalhar no estúdio
“Tuff Gong”, localizado dentro das instalações do “Museu Bob Marley”, em
Kingston, Jamaica. Não há dúvida de que esse privilégio foi um voto de
confiança do Sr. Errol Brown, que além de trabalhar como engenheiro de som nos
projetos da Cultura Profética, foi quem deu a magia por 15 anos para o som ao
vivo de Bob Marley.
O resultado dos trabalhos no
“Tuff Gong Studios” foi o álbum “Canción de Alerta”, lançado em 1998. O
trabalho recebeu um disco de ouro superando as 60.000 cópias em Porto Rico,
sendo declarado como o “rótulo surpresa do ano”.
Evolução musical é a chave
da segunda criação da Cultura Profética, o álbum “Idéias Nuevas”, lançado em
1999 como produção independente, libertando a criatividade e estimulando o
pensamento crítico. Seu público cativo continuou a apoiar sua música, mas
também ganhara espaço próximo a um mercado mais exigente: o adulto jovem
profissional. Mais uma vez gravado no Tuff Gong Studios em Kingston, Jamaica,
esta produção contou com a participação de Guillermo Bonetto da banda “Los
Cafres” na música “Suelta Los Amarres”, e Bernard “Satta” Colins na música “So
Much Trouble” de Bob Marley. A integração de ritmos como Bossa Nova, Ska, Jazz,
Hip Hop e Funk, foi apenas uma parte das mudanças. Com diferentes efeitos
eletrônicos e instrumentos como o “Moog” e a “Hohner Clavinet”, usados por Bob
Marley em 1970, que deram vida a um sabor único no estilo, que continuava a ser
Reggae Roots.
O terceiro álbum da banda
foi “Cultura en Vivo”, lançado em 2000, sendo produzido no “Círculo House
Studio” em Miami, Flórida e gravado ao vivo no “Anfiteatro Tito Puente” em San
Juan, Porto Rico, durante o segundo de três concertos em massa para conduzir a
banda em Porto Rico.
Em 2002 veio o álbum
“Diario”, em que o baixista e vocalista Willy expressou muitas mensagens de
eventos que o levaram a ser muito famoso, o álbum também foi produzido no Tuff
Gong Studios.
Em 2005 foi lançado o álbum
“MOTA”, o quarto álbum de estúdio da banda. O titulo é uma sigla em espanhol
para “Momentos de Ocio en el Templo de el Ajusco” (Ajusco: um vulcão no
México), que significa “Momentos de Lazer no Templo de Ajusco”. É uma
referência a um bairro de Cidade do México onde a banda viveu durante a turnê
de quatro meses no país, o que os inspirou para o material deste álbum. (Mota
também é uma gíria para “maconha” em espanhol mexicano)
Em 2007, Cultura Profética
lançou um dos seus maiores trabalhos, que ajudou a expandir ainda mais o
sucesso da banda, o “Tribute to the Legend: Bob Marley”. O álbum foi gravado no
dia 4 de fevereiro de 2006 no “Anfiteatro Tito Puente” em San Juan, Porto Rico,
mas só foi lançado em 8 de maio de 2007. A banda sempre foi muito fã do Rei do
Reggae, que sempre teve forte influência sobre a Cultura Profética, que já
havia gravado versões de músicas de Bob Marley em seus trabalhos anteriores,
além de ter gravado a maioria dos seus álbuns no Tuff Gong Studios e tocado em
vários tributos a Bob Marley. Mas dessa vez eles queriam gravar e lançar um
álbum em homenagem ao Rei do Reggae. Nesse trabalho, o usual cantor Willy
Rodríguez passou o vocal para o baterista da banda e vocalista Boris Bilbraut.
De acordo com Rodríguez, a voz de Bilbraut está mais próxima da voz de Bob
Marley. O resultado foi o sucesso do CD e DVD em “Tributo a Lenda Bob Marley”.
Em 2010 veio o lançamento do
quinto álbum de estúdio, “La Dulzura”, com canções mais românticas. O inicio de
2012 vem com o lançamento do DVD “15º Aniversario en el Luna Park”, com o show
que a banda havia feito no dia 15 de setembro de 2011 no Estádio Luna Park, em
Buenos Aires, Argentina, comemorando os 15 anos de carreira da banda.
Cultura
Profética está ciente das realidades sócio-politicas de sua terra natal, Porto
Rico e também mundial, decidindo aumentar a sua inspiração para a liberdade,
igualdade e amor à natureza, motivando por meio de musicas originais. Armados
com sentido poético, suas criações são espontâneas, com valor contemporâneo e
universal. Finalmente conseguiu unir um som rico, com ritmo e mensagens que tem
sido admiradas não só pelo público em geral, mas por um grande número de
artistas, músicos, engenheiros e os mais expoentes nomes do reggae
internacional.segunda-feira, 1 de julho de 2013
Download da Semana (23) – Dennis Brown – Money In My Pocket + Sings Revival Classics
Hoje faz exatamente 14
anos da morte de Dennis Brown, um dos maiores nomes da música reggae, apelidado
por Bob Marley como “O Príncipe do Reggae”. Em tributo a esse grande artista o
download da semana será duplo.
O primeiro é Money In My
Pocket, originalmente lançado em 1981 e que traz um dos maiores clássicos do
reggae, a faixa “Money In My Pocket” que também intitula o álbum (A versão
original da música Money In My Pocket foi lançada em 1979 no álbum “Words of
Wisdom”). O segundo é um excelente álbum, o Sings Revival Classics, que traz
clássicos de músicas reggae e contemporâneas na voz de Dennis Brown, músicas
como “Take My Hand” e “Winter Shade of Pale” integram essa lista, vale a pena
ter esse excelente álbum.
Baixem essas duas
“Pedradas!”.- Money In My Pocket
- Sings Revival Classics
(OBS: Para baixar o CD completo no Dropbox, basta clicar em "baixar como zip")
Dennis Brown
Dennis Emmanuel Brown, mais
conhecido como Dennis Brown, nascido na Jamaica em 1 de fevereiro de 1957.
Começou sua carreira aos 12
anos, tornando-se membro do grupo “Bryon Lee e The Dragonaires”. Após uma
visita ao lendário Studio One de Coxsone Dodd, por onde passaram grandes nomes do
reggae, Dennis Brown gravou seus primeiros hits, “No Man Is an Island” e “If I
Follow My Heart”.
Dennis Brown foi um dos
pioneiros do reggae, ao longo de sua carreira gravou mais de 100
álbuns e
trabalhou com muitos dos principais nomes da música reggae. Bob Marley certa
vez declarou Dennis Brown como seu cantor favorito, e o apelidou de “O Príncipe
do Reggae”. Apelido pelo qual Dennis foi conhecido durante a sua carreira de
sucesso, que durou três décadas.
O hit “Money In My Pocket”,
colocou Dennis nas paradas da Inglaterra no final da década de 70, onde o
reggae havia ganhado força através do Lovers Rock, ritmo que não era tão
político como o reggae tradicional, mas que dava mais ênfase ao sentimento.
“Money In My Pocket” viria a ser um dos hits mais clássicos do reggae.
Dennis Brown se tornou um
dos maiores nomes da música reggae, e era inspiração e influência para
muitos cantores de reggae do final dos anos 70 até o final dos anos 90, nomes
como Barrington Levy, Junior Reid, Luciano, Frankie Paul, Bushman e Richie
Stephens.
Em 1 de julho de 1999,
Dennis Brown veio a falecer aos 42 anos, depois de complicações respiratórias
por causa de uma pneumonia, quando estava internado no “Hospital Universitário
de West Indies”, Dennis sofria por ter apenas um pulmão. Ele deixou 13 filhos,
entre eles o cantor de reggae Daniel Brown.
Em seu funeral, uma multidão
de mais de 10.000 pessoas passaram pelo seu caixão. Ele foi o terceiro artista
depois de Bob Marley e Peter Tosh, a ser enterrado como “Herói Nacional” na Jamaica.
Em 2001, um fundo de
caridade foi criado em nome de Dennis Brown. O “The Dennis Emmanuel Brown
Trust”, que trabalha para educar jovens, ensinando e fornecendo instrumentos
musicais aos jovens, além de manter e desenvolver a memória de Dennis Brown. O
Dennis Emmanuel Brown Trust, premia jovens entre 10 e 12 anos com uma bolsa
educacional.
Em 2005, George Nooks, que
havia trabalhado com Dennis Brown em meados da década de 70, quando Nooks ainda
era DJ e usava o nome de “Prince Mohamed”, Nooks gravou um álbum de covers de
Dennis intitulado “George Nooks Sings Dennis Brown: The Voice Lives On”, que
queria dizer que “A Voz Vive”, Nooks é um grande admirador do trabalho de
Dennis Brown e interpreta muito bem as canções de Dennis, pois tem uma ótima
voz e muito talento.
No mesmo ano, Gregory
Isaacs, outra lenda do reggae, fez um tributo a Dennis Brown, o álbum “Gregory
Isaacs Sings Dennis Brown”, eles eram amigos e já haviam realizado outros
grandes trabalhos juntos.
Dennis Emmanuel Brown é sem dúvida um dos grandes nomes do reggae, e a sua voz ainda soa e encanta em grandes canções que foram eternizadas.
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