The Voice Of The People

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Download da Semana (22) – Black Slate – Amigo


O download da semana traz a banda Black Slate, sucesso entre os anos 70 e 80, onde serviam como banda de apoio a vários artistas, entre eles Dennis Brown. Mas a banda também teve os seus próprios sucessos, como o álbum “Amigo”, originalmente lançado em 1980 e que teve a sua reedição agora em março de 2013, e será o nosso download da semana. Umas das melhores bandas de reggae que os novos fãs do reggae tradicional têm que descobrir, onde suas mensagens soam tão pertinentes como há mais de 30 anos atrás. Para quem gosta de um reggae clássico está aí um excelente álbum.

Mato Seco – Interesses Caros



O ano é de mudanças, as pessoas que nos governam fazem descaso com as nossas reivindicações e necessidades. Mas o povo acordou e está mostrando a sua força, está lutando pelos seus direitos. O primeiro passo foi dado e surtiu efeito, mas ainda há muito por fazer, essa mobilização não pode parar agora, estamos no caminho certo.
O álbum do Mato Seco, o “Seco e Ainda Vivo”, traz mensagens fortíssimas e retrata todo o descaso que o povo sofre, mostrando os dias difíceis em que vivemos e o ponto em que o homem chegou. Mostra que temos o poder de mudança em nossas mãos, que somos agentes do nosso próprio futuro, além de passar lindas e poéticas mensagens de igualdade e respeito, falando de Deus com amor e uma força tocante.
Apreciem uma das letras desse ultimo trabalho da banda Mato Seco, a música “Interesses Caros”, que retrata o descaso dos governantes com o povo e como isso alimenta grandes problemas, onde o povo é sempre o único prejudicado.
Para quem ainda não adquiriu o novo álbum, a banda disponibilizou o download gratuito desse novo trabalho e dos antigos também, assim como também disponibilizamos aqui no mês de março (Download). Quem preferir contribuir com o excelente trabalho da banda que é muito merecedora, pode ir ao iTunes e comprar o download.
As mensagens do reggae em geral são tocantes e sempre tiveram o objetivo de mostrar à verdade as pessoas, conscientizando-as a se unirem e lutarem pelos seus direitos, buscando extrair sempre o bem, o respeito ao próximo, a paz e o amor a todos e ao planeta.


MATO SECO – INTERESSES CAROS


Não precisamos da sua hipocrisia.
Não precisamos ouvir e ver mentiras.
Por que nos tratam assim?
Por que nos tratam assim?

Não está certo o jeito que nos levam.
Não está certo como nos governam.
E como fazem pouco de mim?
E como tratam tantos assim?

Tratos feitos por tratantes que, tratam o povo com descaso.
Homens grandes da nossa sociedade, não sabem o valor do trabalho.
Ganham com o mais fácil e, enquanto isso cresce a fome, toma à frente o descaso.
A pobreza escraviza quem, já não pode ver que ainda tem,
Saída com a própria intenção.

A pobreza judia dos que não, tem tempo de crescer.
A pobreza fecha olhos, rompe laços, seca corações.
A pobreza silencia orações, alimenta ilusões, fortalece o pior.

A pobreza, ela diminui o maior,
E predomina sempre o predador,
Sempre o ego contra o amor.
Carnificina pelo dinheiro.
Interesses caros que custam um país inteiro.

Por que nos tratam assim?
Por que nos tratam assim?

Nós não precisamos da sua hipocrisia.
Não precisamos ouvir e ver mentiras.
Por que nos tratam assim?
Por que nos tratam assim?

Não está certo o jeito que nos levam.
Não está certo como nos governam.
E como fazem pouco de mim?
E como tratam tantos assim?

A pobreza escraviza quem, já não pode ver que ainda tem,
Saída com a própria intenção.
A pobreza judia dos que não, tem tempo de crescer.
A pobreza fecha olhos, rompe laços, seca corações.
A pobreza silencia orações, alimenta ilusões, fortalece o pior.

A pobreza, ela diminui o maior,
E predomina sempre o predador,
Predomina sempre o ego contra o amor.
Predomina sempre o predador...

Mas eu, eu acredito no amor.

Quebraram as correntes que nos escravizavam,
Mas ainda continuam a nos escravizar.
Com a pobreza, com a miséria, com o analfabetismo.
Com as drogas!

Porque nos tratam assim?
Porque nos tratam assim?

domingo, 23 de junho de 2013

O que REALMENTE está por trás das manifestações no Brasil? (CNN Americana)


Para quem não sabe o que está acontecendo no Brasil, este é um texto traduzido da CNN Americana, que foi publicado originalmente no dia 14 de junho de 2013:

"O que REALMENTE está por trás das manifestações no Brasil?

Os protestos que vêm ocorrendo no Brasil vão além do aumento de    R$ 0,20 na tarifa dos transportes públicos.
O Brasil está experimentando atualmente um colapso generalizado em sua infraestrutura. Há problemas com portos, aeroportos, transporte público, saúde e educação. O Brasil não é um país pobre e as taxas de impostos são extremamente altas. Os brasileiros não veem razão para uma infraestrutura tão ruim quando há tanta riqueza tão altamente taxada. Nas capitais, as pessoas perdem até quatro horas por dia no tráfego, seja em automóveis ou no transporte público lotado que é realmente de baixíssima qualidade.
O governo brasileiro tem tomado medidas remediadoras para controlar a inflação apenas mexendo nas taxas e ainda não percebeu que o paradigma precisa compreender uma aproximação mais focada na infraestrutura. Ao mesmo tempo, o governo está reproduzindo em escala menor o que a Argentina fez há algum tempo atrás: evitando austeridade e proporcionando um aumento com base em interesses da taxa Selic, o que está levando à inflação alta e baixo crescimento.

Além do problema de infraestrutura, há vários escândalos de corrupção que permanecem sem julgamento, e os casos que estão sendo julgados tendem a terminar com a absolvição dos réus. O maior escândalo de corrupção da história do Brasil finalmente terminou com a condenação dos réus e agora o governo está tentando reverter o julgamento usando de manobras através de emendas constitucionais inacreditáveis: uma, o PEC 37, que aniquilará os poderes investigativos dos promotores do ministério público, delegando a responsabilidade da investigação inteiramente à Polícia Federal. Mais, outra proposta busca submeter as decisões da Suprema Corte Brasileira ao Congresso – uma completa violação dos três poderes.

Estas são, de fato, a revolta dos brasileiros.

Os protestos não são movimentos meramente isolados, unificados ou badernas de extrema esquerda, como parte da imprensa brasileira afirma. Não é uma rebelião adolescente. É o levante da porção mais intelectualizada da sociedade que deseja pôr fim a esses problemas brasileiros. A classe média jovem, que sempre se mostrou insatisfeita com o esquecimento político, agora “despertou” – na palavra dos manifestantes."



(Texto Original em: http://ireport.cnn.com/docs/DOC-988431)

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Por Um País Que Seja Realmente de Todos



Pode ser que uma Copa não se faça com hospitais, como falaram por aí, mas um país de verdade sim. Um país de verdade se constrói com educação, saúde, trabalho, segurança, transporte, honestidade e respeito. Então o nosso Brasil não está preparado para uma Copa, pois continua carente de todos esses itens e muito mais. Fora esses estádios belíssimos que custaram bilhões, pagos com dinheiro público e que não trarão retorno algum ao povo, não vimos até agora nenhum benefício, boa parte do que está sendo construído não servirá para o povo após essa grande festa, uma festa que só participará quem puder desembolsar um bom dinheiro. Tem pessoas perdendo as suas casas, pessoas que já não tinham direito a educação de qualidade, a saúde de qualidade, a transporte público de qualidade, pessoas que pagam impostos em tudo que fazem e consomem nesse país e não tem direito a nada. É justo que o pouco que essas pessoas têm seja tirado delas?
Essas pessoas estão sendo expulsas de suas casas em situações comparadas a práticas nazistas que ocorreram no passado, onde suas casas são marcadas nas portas para que sejam demolidas no dia seguinte. Não ficaremos calados diante disso, não podemos fazer parte dessa sujeira.

E como não lembra dos índios que perderam o lugar que costumava ser a casa deles e o Centro Cultural Indígena, para que fosse transformado em um “museu do comitê olímpico”. Os índios foram covardemente atacados, chutados, espancados, feridos por balas de borracha, bombas de efeito moral, spray de pimenta, como se fossem criminosos, nossa história e cultura sendo atacada, destruída para a criação de um patrimônio do comitê olímpico, que dá ênfase a uma causa que deveria ser pela união das pessoas, dos países, pela paz. Ou não é esse o objetivo dos Jogos Olímpicos?

Eventos que deveriam trazer evolução ao país, mostra que na verdade estamos retrocedendo, situações comparadas a práticas nazistas estão acontecendo para limpar as áreas ao redor dos estádios e de construções para a Copa do Mundo e Olimpíadas. Bilhões gastos na realização desses eventos se contrastam com as necessidades atuais do país e os problemas que enfrentamos no dia a dia continuam os mesmos.
Basta! A hora é agora! O povo acordou e não quer mais viver só de futebol e carnaval, o povo viu que esse país é deles, quem faz esse país são eles, e que se for preciso abrir mão dessa Copa do Mundo e das Olimpíadas para ter um país melhor, o povo abrirá mão. Não temos que mostrar ao mundo o que não somos, temos que de fato ser.
Não foi por falta de recursos que as mudanças não ocorreram em nosso país, mas por uma má administração, por um poder corrupto e que achava que iria fazer descaso e o que bem entendesse com a população para sempre, pois já tinham se acostumado com a impunidade diante de tantos escândalos, roubos e desvios de dinheiro público. Ninguém está brigando por 20 centavos, o aumento das tarifas foi o estopim para uma revolta que já estava "entalada" na garganta de um povo cansado de ser explorado.
Cansamos de corrupção, cansamos do descaso, cansamos de promessas, cansamos de ilusões, queremos mudanças e já!

Sairemos às ruas e lutaremos pelas nossas causas com muita vontade, garra e fé, carregando as cores da nossa Bandeira e o amor à pátria com ideias de um novo Brasil.
Um país de imensas maravilhas, de um povo guerreiro, capaz de superar as mais diversas dificuldades e que nunca foge a luta, o momento, as mudanças e o futuro, quem faz somos nós. O povo está unido e juntos faremos um Brasil verdadeiramente de todos!

  • Vídeo que mostra as atrocidades que estão acontecendo para a realização das obras para a Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil:

terça-feira, 18 de junho de 2013

Download da Semana (21) – Planta e Raiz – Qual é a Cara do Ladrão?


Nesse clima de protestos, reivindicações e luta, o download da semana é o álbum “Qual é a Cara do Ladrão?” da banda Planta e Raiz. Com destaque para duas faixas que retratam bem o momento que estamos vivendo e a política em nosso país, uma é a própria faixa título do álbum “Qual é a Cara do Ladrão?” que levanta a questão de quem são os verdadeiros ladrões nesse país, e a faixa “Senhor Presidente”, retratando a nossa situação, como a violência, perguntando o que estão fazendo com o nosso dinheiro e ainda pedindo o que é nosso por direito: “Hei Senhor Presidente me dê o que é meu! / Quem paga a comida do Ladrão, Quantos anos ganha de perdão?”. Vale a pena baixar!

Um Povo Que Não Foge a Luta



(Foto: Daniel Teixeira - Estadão)

Eu já havia levantado em postagens anteriores o quanto o reggae é barrado pelo poder que nos governa e pela mídia manipuladora, pois o reggae levanta uma bandeira de ideologias e valores que não é vantajosa a esses poderes. Mas o nosso desejo de mudanças começou a acontecer.
O momento que estamos vivendo é histórico, as pessoas decidiram se unir e sair às ruas
(Protesto na Av. Paulista 17/06/13)
para protestar e lutar pelo que é seu de direito. Mostrando que o povo está alerta e que unidos podemos fazer a diferença.

Pagamos impostos em cada bem que adquirimos, em cada serviço que contratamos ou utilizamos, nos alimentos em geral que consumimos, no salário de cada mês, cada centavo que gastamos já existem os seus impostos embutidos. Esses impostos além de pagar o ótimo salário aos parlamentares, deveriam nos dar o direito de ter educação e saúde de qualidade, segurança, moradia, transporte decente, mas não temos nada disso.
O povo é pago com corrupção, descaso, abuso de autoridade, miséria, desigualdade. Os políticos não votam nos projetos de prioridade à população, mas só no que diz respeito aos seus próprios interesses, como será votado no próximo dia 26 de junho de 2013 a absurda PEC 37, que beneficia ainda mais os verdadeiros bandidos desse país.

Alguns veículos de comunicação noticiaram que as pessoas estão brigando por 20 centavos, que os manifestantes “não valem 20 centavos”, sim, mídias manipuladoras que não sabem o que a grande maioria passa diariamente nesse país, na verdade sabem muito bem, mas escondem. A verdade é que o povo cansou de ser explorado, cansou de aceitar tudo calado, estamos cansados dessa ditadura disfarçada de democracia, estamos cansados dessa roubalheira, desse descaso com a população. Enquanto muitos sofrem nos corredores dos hospitais públicos, nas imensas filas do transporte público, no sistema de educação abandonado, com a falta de segurança.
Seria o momento de uma Copa do Mundo em nosso país quando temos assuntos mais importantes para resolver? Uma Copa que deveria trazer evolução ao país mostra que na verdade estamos retrocedendo, os nossos problemas continuam os mesmos, e após essa grande festa teremos que nos recompor mais uma vez e tentar limpar toda essa sujeira? Não!
Esse é o momento, o povo quer mudanças e não podemos esperar mais. O povo acordou e está lutando pelos seus direitos, o povo está mostrando a sua força.
Os protestos não estão acontecendo só no Brasil, mas ao redor do mundo, como na Europa que vive dias de protestos contra cortes orçamentários e corrupção, países como Portugal, Bélgica, Espanha, Irlanda, Turquia, Polônia, Grécia, Itália, França, entre outros. O apoio aos protestos no Brasil acontecem também ao redor do mundo.

O sossego dos corruptos está acabando, a REVOLUÇÃO começou, essas pessoas que saem as ruas não são vândalos, bandidos, mas cidadãos, heróis que estão lutando pelo que é seu, pelo futuro de uma nação, por um país, por um mundo mais justo e melhor para todos. Chega de anti patriotismo e viver de ilusões, um país de imensas maravilhas, de um povo guerreiro, capaz de superar as mais diversas dificuldades e que nunca foge a luta, o momento e as mudanças quem faz somos nós. O povo está unido e juntos faremos um Brasil verdadeiramente de todos. Juntos somos fortes!

terça-feira, 11 de junho de 2013

Download da Semana (20) – VA – Romantic Flava Vol. 3



Seguindo o ritmo da semana dos amantes, o download da semana é um ótimo álbum do gênero Lovers Rock, lançado em janeiro de 2013 pelo selo “Flava McGregor Records”, do produtor Kemar McGregor, que já gravou e produziu centenas de músicas para alguns dos artistas mais renomados na indústria da música, como Gregory Isaacs, Freddie McGregor, Sugar Minott, Marcia Griffiths, Sizzla, Luciano, Beres Hammond, Morgan Heritage, entre outros.
O álbum “Romantic Flava” é o 3º volume de uma coletânea que reúne vários artistas, nesse volume estão nomes consagrados como Beres Hammond, Freddie McGregor, Marcia Griffiths, Gentleman, Adele Harley, além de nomes mais novos como o já consagrado Gyptian e a caçula e talentosíssima Ammoye.
Para quem curte um bom reggae, Romantic Flava é um ótimo álbum!

Lovers Rock



Na semana dos amantes, apaixonados e enamorados, o “Reggae: A Voz do Povo” trás a história do Lovers Rock, o ritmo dos amantes.
Lovers Rock (Amantes do Rock) é um subgênero do Reggae, conhecido pela sua música, com letras e sons de conteúdo romântico. As raízes do Lovers Rock podem ser encontradas nos primeiros dias do Reggae na década de 60, através de cantores jamaicanos e americanos como, Ken Boothe, Johnny Nash e John Holt, que conquistaram prestígio internacional gravando versões Reggae de músicas R&B e Soul que eram sucesso na época.
Mas o estilo Lovers Rock se dá em meados dos anos 70, quando donos de Sound Systems (Sistemas de sons que também foram determinantes na história do reggae) começaram a produzir covers de baladas românticas nas vozes de cantoras jovens como, Ginger Williams cantando “Tenderness”, que fez muito sucesso, sendo superada no ano seguinte por “Caught You In a Lie” de Louisa Mark´s, uma gravação obscura musical do Soul americano, produzida por Dennis Bovell para o Sound System Lloydie Coxsone.
O gênero se solidificou depois que um emergente imigrante de origem jamaicana, Dennis Harris abriu um estúdio de gravação no sul de Londres, tendo a frente das produções Dennis Bovell e o guitarrista John Kpieye. Dennis Harris batizou a gravadora de “Lovers Rock”, nome tomado emprestado de um dub lado B de Augustus Pablo, e que também acabou virando nome do novo subgênero musical. Inicialmente produziam versões covers de Mowntown Records e de baladas Soul da Filadélfia, com vocais de TT Ross, Cassandra e o trio homônimo Bown Sugar.
(Dennis Bovell é um dos produtores mais importantes na história do Lovers Rock)
Em sua fase inicial o Lovers Rock foi um fenômeno na parte sul de Londres, mas devido o sucesso sem precedentes de "Silly Games" por Janet Kay, outras áreas começaram a conhecer e apreciar o novo ritmo, fato este que se confirmou com a instalação de estúdios na parte leste da cidade, quando produtores como Leonard “Santic” Chin e Bert “Ital” Campbell, abandonaram o Roots Reggae e passaram a se dedicar ao Lovers Rock.
O Lovers Rock se tornaria um estilo de Reggae para a formação de uma identidade negra britânica, em um cenário político e socialmente conturbado de tensão racial. Sua dança, conhecida como scrubbing, era uma espécie de fuga para os conflitos da época. Por seu caráter apolítico, já que funcionava como um contra ponto ao reggae militante jamaicano dominante àquela década, cuja especificidade políticas e filosóficas rastafari eram muitas vezes alienantes para muitos negros britânicos.
Enquanto isso na Jamaica, os grandes nomes do Lovers Rock eram Gregory Isaacs, Dennis Brown, John Holt, Sugar Minott, mais tarde Freddie McGregor, Beres Hammond, entre outros. “Money In My Pocket” de Dennis Brown e “Good Thing Going” de Sugar Minott, foram grandes sucessos no UK Single Chart.

Neil “Mad Professor” Fraser seria um produtor chave do Lovers Rock, trabalhando com Deborahe Glasgow, enquanto Dennis Bovell produziria um dos maiores sucessos do gênero, Janet Kay com “Silly Games”, alcançando o número 2 no UK Single Chart em 1979.
(Janet Kay, um dos maiores sucessos do Lovers Rock)
Embora observado o domínio de jovens e de seus expoentes femininos, o novo estilo produziu um grande número de estrelas do sexo masculino nomeadamente, Trevor Walters, Honey Boy e Wiston Reedy. A tendência também viu o surgimento de muitos grupos de homens como, Tradition, The Investigators e Beshara, grupo de Birmingham que no inicio da década de 80 tinha nos gráficos de reggae o emotivo hit “Men Cry Too”.
A popularidade do Lovers Rock continuou na década de 80, o rótulo “Fashion Label” foi bem sucedido como público do Reino Unido, o rótulo “Revue” teve um grande sucesso em 1986 com Boris Gardiner em “I Wanna Wake Up With You”. Na década de 90, artistas como Mike Anthony, Peter Hunnigale e Donna Marie fizeram sucesso com o gênero. Donna Marie que é a principal voz feminina do gênero britânico por mais de duas décadas, sendo um sucesso mundial na década de 90 com a versão Reggae de “Think Twice”, que alcançou o topo das paradas em alguns países.
(The Story of Lover's Rock foi lançado em 2011)
Em 2011 o Lovers Rock ganhou um filme, “The Story of Lover's Rock”, que conta a história do gênero, a partir de performances, coreografias, entrevistas e material de arquivo, analisando o estilo musical que deu voz as jovens mulheres negras e teve influência em bandas como The Police e UB40, além de revelar inúmeros artistas que fizeram muito sucesso nas ultimas décadas.


Referências:
  • reggaeartigos.wordpress.com/2012/09/20/lovers-rock-historia-do-motown-reggae
  • pt.wikipedia.org/Lovers-rock
  • reggaespotlights.blogspot.com.br/2012/01/lovers-rock

terça-feira, 4 de junho de 2013

Download da Semana (19) – Julian Marley – Awake



O download da semana é o álbum “Awake” de Julian Marley. Indicado ao prêmio Grammy e premiado como “Melhor Álbum do Ano” pelo “Reggae International and World Music Awards 2010”.
O álbum conta com a participação de seus irmãos Stephen Marley e Damian Marley. Entre as ótimas músicas destaco “Boom Draw”, “A Little Too Late”, “Jah Works”, “Violence In The Streets”, “Stay With Me” e “Trying”. Baixem mais um excelente álbum reggae.

Julian Marley



Julian Ricardo Marley Pounder, mais conhecido como Julian Marley, nascido em 4 de junho de 1975 em Londres, Inglaterra. Julian é o único filho de Bob Marley nascido e criado no Reino Unido, onde morava com sua mãe, Lucy Pounder, originalmente de Barbados.
Julian sempre esteve rodeado pela música durante toda a sua vida, ele foi abençoado pelo talento e legado de seu pai. Julian gravou a sua primeira música com 5 anos de idade, na casa da família Marley em Kingston, Jamaica, e foi aprimorando cada vez mais as sua habilidades como cantor e instrumentista, dominando instrumentos como o baixo, bateria, guitarra e teclados.
Julian frequentemente visitava seus irmãos Ziggy, Stephen, Damian e Kymani na Jamaica. Durante os seus anos de formação na Jamaica, Julian começou a estudar com os veteranos lendários do reggae, como Aston “Family Man” Barret, Carlton Barret, Earl “Wire” Lindo, Tyrone Downie e Earl “Chinna” Smith.
(Carlton Barret, baterista do The wailers)
Em 1987, o influente baterista dos “Wailers” Carlton Barret foi assassinado na frente de sua casa na Jamaica, em resposta ao incidente que marcou sua vida, Julian escreveu duas músicas não lançadas “Uprising” e “What They Did Wrong”. Posteriormente Julian criou uma banda de Reggae Roots chamada “The Uprising”, a banda era formada por jovens jamaicanos, e começou abrindo shows para Ziggy Marley & The Melody Makers, e até para os The Wailers.
Em 1989, Julian formou com seus irmãos Ziggy, Stephen, Damian e Kymani, o grupo “Ghetto Youths Crew”, que mais tarde veio a se tornar uma gravadora da família, a “Ghetto Youths International”.
Em 1993, Julian decidiu mudar de vez para a Jamaica, para estar mais perto de seus irmãos, daquele ponto em diante, com Julian ao lado de seus irmãos, ele começou a formar o seu vasto caminho musical.
 
(Acima: Ziggy, Stephen, Robbie, Rohan, Julian e Kymani Marley. Abaixo Esquerda: Stephen, Damian e Julian Marley. Abaixo Direita: Stephen, Ziggy e Julian Marley)


“Dou graças pela orientação musical que recebi de meu pai e continuo a receber a partir dos meus irmãos. É com a inspiração da minha família e do Altíssimo que eu crio todas as minhas músicas hoje.” – Julian Marley.


Em 1996, Julian lançou o seu primeiro álbum chamado “Lion In The Morning”, que foi bem sucedido e o lançou aos olhos do público. O álbum reflete a crescente maturidade de Julian, além da sofisticação musical. Gravado nos estúdios “Tuff Gong” em Kingston, Jamaica, o mesmo estúdio onde seu pai criou alguns de seus maiores sucessos. O álbum foi produzido por Aston “Family Man” Barret e Stephen Marley, além de contar com a contribuição de nomes luminares do reggae, como Owen “Dreddie” Reid, Earl “Chinna” Smith, Tyrone Downie e suas irmãs Cedella e Sharon Marley, além do próprio Stephen. Esse foi o trabalho mais disseminado de Julian Marley, tendo conquistado diversos prêmios.
O sucesso foi seguido por uma turnê internacional bem sucedida, além de tocar em grandes festivais como o Jamaica Sumfest e o Reggae Sunsplash, ainda teve a participação importantíssima no “Marley Magic”, um tributo a Bob Marley produzido pela família do Rei do Reggae. Julian juntamente com seu irmão Damian “Jr Gong” Marley, começaram a excursionar extensivamente, conquistando posição de destaque no festival Lollapalooza 1997.
Em 1998, Julian contribuiu significativamente para a conquista do prêmio Grammy da cantora Lauryn Hill, onde ele tocava instrumentos em algumas músicas, o álbum era “The Miseducation of Lauryn Hill”, que foi gravado no “Tuff Gong”, estúdio na Jamaica.
No ano seguinte, Julian voltou a trabalhar com seus irmãos Stephen e Damian, contribuindo para o álbum “Chant Down Babylon”, um trabalho que reunia remixes de vários artistas do Hip Hop e Rock em músicas de Bob Marley & The Wailers, o álbum foi produzido por Stephen Marley e premiado com o disco de platina.
Em 2002, Julian e seus irmãos Stephen e Damian, oficialmente incorporaram a “Ghetto Youths International”, gravadora que havia sido fundada por Ziggy e Stephen em 1989. A gravadora permite que os irmãos trabalhem em conjunto, além de lançarem e produzirem diversos artistas pelo selo, e os próprios trabalhos dos irmãos, mantendo a tradição Marley de se comunicar com uma audiência global. A gravadora ainda apóia e reverte parte de seus ganhos a projetos para jovens carentes.

Em 2003 veio o seu segundo álbum, “A Time & Place”, revolucionando a música por causa da fusão do Reggae e Jazz que o álbum trazia, mostrando o amor de Julian pela música. O trabalho foi produzido por Stephen Marley, os anos anteriores de turnê junto aos seus irmãos, haviam construído uma base de fãs para Julian, que iniciou a sua própria turnê mundial, apoiada pela banda “The Uprising”, fazendo shows pela Europa e Estados Unidos.
Em 2009, a carreira de Julian Marley subiu a novos ares com o sucesso de seu terceiro álbum, “Awake”, indicado ao prêmio Grammy. O álbum foi co-produzido com seus irmãos Stephen e Damian Marley, trazendo a inspiração da vida e espiritualidade de Julian, trazendo diversos estilos musicais em um set de batidas hipnóticas e vocais “soulful”.
Awake mistura R&B, Hip Hop, Dancehall Reggae e as raízes que seu pai tornou famosa em todo o mundo. Os seus irmãos também tiveram participação em músicas, Stephen Marley em “A Little Too Late” e Damian Marley em “Violence In The Streets”, Marcia Griffiths ex-integrante das “The I-Threes”, que fazia backing vocal para os Wailers, contribui para os vocais de fundo do álbum.
O álbum não ganhou o Grammy, mas foi premiado como “Melhor Álbum do Ano 2010” para o “International Reggae And World Music Awards” (IRAWMA), realizado anualmente em Nova York, Estados Unidos.
A turnê mundial de “Awake” passou em diversos países ao redor do mundo, por grandes festivais como o “Raggamuffin Tour 2010”, pela Austrália e Nova Zelândia, além de Turnê pela Europa e América do Sul.
A ajuda humanitária no coração de Julian Marley, o inclina para missões de caridade, contribuindo para a fundação “Ghetto Youths”, no espírito e propósito de seu pai Bob Marley, permitindo desenvolver projetos conscientes para jovens em diversas comunidades. Seja através do raciocínio com crianças nos campos de futebol em Londres, ou oferecendo o seu tempo em concertos beneficentes. Julian Marley conscientemente olha para encontrar formas de ajudar a construir orientações positivas que beneficiem as crianças. Como no show que Julian e seu irmão Kymani Marley, ao lado da “Ghetto Youths Foundation” produziram em Miami, Estados Unidos, show beneficente com todos os rendimentos que foram para instituições de caridade voltadas para as vítimas da catástrofe no Haiti. Julian pede: “Se temos tempo, se temos recursos, temos que subir para a ocasião e ajudar os nossos irmãos e irmãs de todas as formas possíveis”.

Julian Marley tem um dos postos mais altos no movimento da consciência da música entre os artistas reggae conhecidos hoje. Julian construiu uma reputação formidável, transcendendo gêneros musicais, além do seu lado espiritual, visionário, moral e musical, com uma missão internacional.



“Eu não planejo o próximo passo, eu só continuo com Jah Works (Deus Trabalhando) e de alguma forma as coisas parece que se juntam assim naturalmente.” – Julian Marley.