The Voice Of The People

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

The Gladiators

The Gladiators é uma das bandas mais importantes da cena reggae. Formada em 1968, a banda foi uma das mais populares durante a década de 1970.
Albert Griffiths
Albert Griffiths foi o fundador da banda. Depois de alguns sucessos como “You Are The Girl” em 1966, ele recrutou os seus amigos de infância David Webber e Errol Grandison em 1968, para formar o grupo vocal original The Gladiators. O nome do grupo teria sido sugerido em um ônibus por um companheiro de viagem que tinha acabado de ver o filme “Bem Hur”. O conceito de homens que lutaram por sua liberdade contra a Babilônia imediatamente golpeou Albert e é um atestado da vida difícil e luta na Jamaica, assim como a dele, que nasceu em St. Elizabeth no campo jamaicano e cresceu na pobreza de Trenchtown.
O primeiro sucesso do grupo foi o single “Hello Carol”, em 1968, para o famoso produtor Coxsone Dodd, que dominou as paradas jamaicanas. Pouco tempo depois em 1969, Webber estava doente e deixou a banda, sendo substituído por Clinton Fearon, um dos protegidos de Albert. Da mesma forma Grandison deixou a banda em 1973 para compromissos familiares e foi substituído por Gallimore Sutherland. Agora a banda contava com Albert Griffiths (vocal e guitarra), Clinton Fearon (guitarra e vocal) e Gallimore Sutherland (vocal, baixo e guitarra) e mais os irmãos Alan e Anthony Griffiths.
O líder vocal e formador da banda Albert, revezava nos vocais com Clinton Fearon e Sutherland, demonstrando a grande versatilidade do grupo, essa combinação dinâmica fez do Gladiators uma das bandas mais importantes e respeitadas do reggae.
Gallimore Sutherland e Albert Griffiths
Durante a década de 1970, The Gladiators cortaram diversos recordes para vários produtores. Continuaram a gravar para Dodd, além de gravar diversos singles para Lee “Scratch” Perry e para o Randy’s Studio 17. Entre 1974 e 1976, o grupo começou uma associação longa com Tony Robinson, que liberou seus álbuns no selo Groovemaster da Jamaica, e no selo Virgin do Reino Unido. Por esse selo vieram os seus dois maiores sucessos, o primeiro em 1976, “Trenchtown Mix Up”, que inclui alguns de seus primeiros sucessos, como “Mix Up”, “Bellyfull”, ”Looks Is Deceiving”, além de “Soul Rebel” e “Rude Boy Ska” do The Wailers. O segundo foi “Proverbial Reggae” em 1978, com canções como “Jah Works” e “Dreadlocks The Time Is Now”, ambos os álbuns foram sucessos no Reino Unido e Jamaica.
No começo dos anos 80, o Gladiators entrou para o selo Nighthawk para gravar três álbuns: “Symbol Of Reality”, “Serious Thing” e “Full Time”, e o álbum “Dread Prophesy”, gravado com colaboração de Leonard Dillon. O grupo gravou cinco álbuns no final dos anos 80 e no começo dos anos 90 para o selo Heartbeat.
Clinton Fearon
Clinton Fearon deixou o Gladiators em 1987, após 18 anos de grupo, partindo para carreira solo, a qual segue até hoje. Griffiths e Sutherland continuaram a lançar álbuns em várias gravadoras. No entanto, com o dancehall nos anos 90, um subgênero reggae, tornou-se popular, especialmente entre os jovens na Jamaica, poucos artistas do reggae raiz sobreviveram no país. The Gladiators lançou apenas três álbuns de estúdio durante os anos 90. Eventualmente, com um número crescente de festivais de reggae em todo o mundo, surgiram novos fãs de reggae na Europa, Estados Unidos, África e Ásia. Os Gladiators continuaram com o seu som original, com letras carregadas de crítica social. Grupos e artistas como The Gladiators, Culture, Mighty Diamonds, Bunny Wailer, The Haptones, Burning Spears, tiveram um renascimento e novas bandas de reggae surgiram em todo o mundo.
The Gladiators com Al Griffiths a frente do grupo
Em 2005, The Gladiators lançou o álbum “Fathers And Sons”, considerado como despedida de Albert Griffiths, que sofreu Mal de Parkinson, sendo substituído por seu filho Alan “Al” Griffiths. Al Já fazia algumas participações enquanto o pai ainda estava na ativa, quase que dando a entender que seus dias de líder de uma das bandas mais importantes da história do reggae estavam chegando ao fim. Felizmente a entrada de Al Griffiths nos vocais foi uma agradável surpresa, pois além da semelhança física, sua voz também é muito parecida com a de seu pai, dando ainda mais magia às apresentações.
Com Al Griffiths no controle dos vocais, The Gladiators gravou o álbum “Continuation” em 2009. O álbum é classificado como bom, pois por mais que esteja enraizado na musica reggae “raiz” e uma voz indistinguível a de seu pai, faltava o toque distintivo que Albert Griffiths poderia adicionar a seus passeios musicais. Por outro lado, esse conjunto se beneficiava fortemente do apoio musical ao vivo, que contava com nada menos do que Flabba Holt (baixo), Andrew “Bassie” Campbell (baixo), Gallimore Sutherland (guitarra), Clinton Rufus (guitarra), Venon “Keysie” Sutherland (teclados), Anthony Griffiths (bateria) e Dean Fraser & His Crew (chifre). No geral é um álbum legal para aqueles que seguem The Gladiators ou grupos como eles, com o estilo de som raiz, mas talvez não agrade aqueles que curtem o reggae moderno e seus subgêneros.

Em 2014, The Gladiators decidiu dar um novo começo, e adicionou a banda um jovem e
Drop Lion durante show
promissor cantor chamado Droop Lion, desde então eles tem feito shows com a turnê “Back On Tracks”, que também intitula o novo álbum da banda, que traz alguns dos tradicionais sucessos adicionados a batidas do reggae moderno.
The Gladiators tem uma grande história dentro da música reggae, e isso nem o tempo poderá apagar, pois seus nomes já entraram para a lista dos maiores e lendários da música reggae.



           http://www.surforeggae.com/banda.asp?CodBanda=125

Download da Semana (53) – The Gladiators – Trenchtown Mix Up

Para quem curte um reggae raiz esse álbum é como dizemos na linguagem reggae: “uma pedrada”! O álbum da vez é “Trenchtown Mix Up” do Gladiators, um dos álbuns mais clássicos da música reggae. Entre as faixas estão “Mix Up”, “Bellyfull”, “Looks Is Deceiving”, “Soul Reggae” e “Rude Boy Ska” (The Wailers), além do primeiro sucesso da banda, a clássica canção “Hello Carol”. Esse álbum é pesadíssimo, ROOTS!

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

The Congos

Alguns artistas se tornam lendas ainda vivas, na música reggae temos o prazer de ainda termos várias lendas em atividade, levando a melhor música e mensagens positivas para o mundo. Uma dessas lendas é a banda The Congos, que estampa a nossa página essa semana.
A banda foi formada em meados da década de 70 na Jamaica, inicialmente com “Ashanti” Roy Johnson, nascido em Hanover, Jamaica, e Cedric Myton, nascido em Saint Catherine, Jamaica. Mais tarde tornou-se um trio com a adição de Watty Burnett, jamaicano de Port Antonio.
Cedric "Congo" Myton
Cedric Myton sempre soube o caminho que queria trilhar, o da música. Ainda muito jovem, com dezesseis anos de idade, gravou a primeira canção com o grupo “The Tartans”, do qual fez parte até o final da década de 60, a música era “Dance All Night”, que chegou ao topo das paradas na Jamaica. The Tartans era formado por Prince Lincoln Thompson, Devon Russel, Lindburgh Lewis e Cedric Myton. Em 1975, Cedric e Lincoln Thompson formaram o mediático grupo “Royal Rasses”, o longa duração “Humanity” e o consequente single com o mesmo nome, é lembrado até hoje como uma das mais consagradas canções da história da música.
Watty Burnett, Roy Johnson e Cedric Myton.
No ano seguinte, Cedric formou um dos grupos Roots mais aclamados – The Congos. No inicio o Congos era um duo, com Johnson como tenor (faixa de sons mais agudas) e Cedric fazia o falsete (sons agudos ou mais graves, voz não natural) onde gravaram o single “At The Fast” de Lee “Scratch” Perry, um dos gênios da música. Perry logo transformou o grupo em um trio com a adição de Watty Burnett, barítono (voz mais grave ou aveludada). Eles gravaram o clássico álbum “Heart Of The Congos” nos estúdios de Perry, esse disco era brilhante a todos os níveis, um dos mais consagrados da música. O álbum contou com backing vocals ilustres como a lenda Gregory Isaacs, The Meditations, Barry Llewellyn, além de Morgan Conde da banda The Haptones.
Nessa época Perry estava em disputa com a Island Records, no momento em que o álbum do The Congos ficou pronto, assim ele foi lançado pelo próprio selo de Perry, o “Black Ark”, o que acabou limitando o sucesso do álbum internacionalmente, isso também causou um racha com o grupo. Os Congos seguiram o seu próprio caminho, onde eles mesmos organizaram uma edição limitada do álbum. O selo do Reino Unido “Got Free” finalmente relançou o álbum em 1980.
“Congo Ashanti” foi o segundo disco do grupo, foi promovido na Europa pela Label CBS (francesa). The Congos e The Toots & The Maytals surgiram juntos no filme “Image Of Africa”, onde sairia o terceiro registro da banda, alusivo ao filme. “Heart Of The Congos” demostrou ser um patamar difícil de ser igualado e esses outros lançamentos sofreram com isso, pois soavam comuns diante da obra sólida que fizeram ao lado de Perry. Burnett deixou o grupo, logo depois Johnson, que embarcou em uma carreira solo. Cedric continuou a gravar como The Congos com vários outros músicos.
Cedric Myton, Roy Johnson e Watty Burnett.
Depois de quinze anos afastados dos estúdios, “Natty Dread Rise Again”, para a RAS Records, marcou o regresso do grupo. Nesse mesmo ano o selo britânico “Blood & Fire” brindou os fãs do The Congos com o lançamento em dois compact disc do “Heart Of The Congos”, além da excelente qualidade de som ainda foi acrescentado quatro faixas bônus, “Row Fisherman Row” e “Congoman”, cedidas pela Island Records e duas versões Dub. Dois anos depois surgiu “Reggae Revival” para a VP Records, um projeto que marcou uma nova etapa na longa historia, além das novas edições também foi relançada em compact disc pela mesma gravadora a maior parte do catálogo da banda.
Em 2005, Myton gravou “Give Them Rights”, com uma série de cantores e músicos de estúdio renomados, como Sly and Robbie e Earl “Chinna” Smith, um álbum com as mesmas raízes espirituais da década de 1970.

Em 2006, o selo “Blood & Fire” do Reino Unido lançou o álbum “Fisherman Style”, com uma versão remixada da clássica faixa “Fisherman” do “Heart Of The Congos”, com a participação de lendas como Horacy Handy, Big Youth, Dillinger, Prince Jazzlo, Luciano, Freddie McGregor, Gregory Isaacs, Max Romeo, Mykal Rose, Dean Fraser, Sugar Minott e U-Roy, fazendo suas próprias versões do original.
Em 2008, The Congos apareceu no filme independente “Do Wah Dem” escrito e dirigido por Sam Fleischner e Chace Ben. No filme o The Congos toca “Fisherman” e “Congoman Chant” sob a lua da praia de Hellshire próxima de Portmore, Jamaica. “Do Wah Dem” ganhou o Prêmio do Júri para Melhor Produção Narrativa em 2009 no “Los Angeles Film Festival”, que teve lançamento para os cinemas em junho de 2010.
Em 2009, Cedric, Burnett e Johnson se reuniram com Perry para gravar o álbum “Black In A Black Ark”, que apesar do titulo, foi gravado no estúdio de Cedric Myton em Portmore e no Mixing em Kingston. Era o reencontro deles 30 anos depois do clássico “Heart Of The Congos”.
Em 2010, a banda participou da gravação da faixa “Let Jah Arise” da banda de reggae brasileira Monte Zion, além de criarem duas composições em conjunto. Ainda em 2010, o The Congos participou do álbum “Dia Após Dia Lutando”, da banda Ponto de Equilíbrio, na faixa “Novo Dia”, que mais tarde virou um videoclipe. Uma honra para o reggae brasileiro.
A banda The Congos costuma visitar o Brasil com frequência, o que é ótimo para nós que amamos a musica reggae e ainda podemos ver grandes lendas tocando ao vivo. O som do The Congos é muito forte, a voz de Cedric “Congo” Myton é inconfundível, ainda adicionada às vozes de Johnson e Burnett, é Roots. É algo extraordinário ver o The Congos se apresentando, verdadeiras Lendas Vivas.

Download da Semana (52) – The Congos – Heart Of The Congos + Black In A Black Ark

O nosso download da semana traz a lenda The Congos, com o seu Reggae Roots de luxo em dois grandes trabalhos, ambos produzidos por Lee “Scratch” Perry, outra lenda que já produziu os maiores nomes da música reggae, inclusive Bob Marley. Esses álbuns marcam o inicio e a atual fase da carreira do The Congos, o primeiro por ser o álbum que tornou o The Congos conhecido além de ser um clássico do reggae mundial. Já o segundo marca a volta da banda em trabalhos com Lee Perry.
O “Heart Of The Congos” traz clássicos como “Fisherman”, “Congo Man” e “Children Cry”. Em “Black In A Black Ark” tem a excelente “Chain Gang”, além de “Celestial Worl” e “Forever Young”. Dois álbuns riquíssimos do catálogo reggae mundial.


  • Heart Oh The Congos


  • Black In A Black Ark

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

O Que Estamos Vivendo?

Como vivemos dias difíceis, a vida não é tão complicada assim, mas a complicamos. Esse é o tempo dos corações de pedra, das mentes fechadas. Não conseguimos enxergar o que está acontecendo ao nosso redor. Não ajudamos quem está do nosso lado, quem bate em nossa porta, quanto mais quem está longe da nossa visão. Não falo de ajuda financeira, falo de ajuda de palavras, incentivo, apoio, muitas pessoas só querem ser ouvidas, ou só necessitam de nossas palavras, mas nunca temos tempo. Estamos muito ocupados em nossas rotinas, na correria do trabalho, dos estudos, na busca do crescimento profissional, financeiro, material. Passamos a vida correndo, e quando nos dermos conta disso poderá ser tarde. De repente a busca frenética por esses objetivos não vão passar de frustração e o tempo que deixamos de dedicar a algo, ou a um momento, ou a alguém pode virar outra frustração.
Muitas pessoas já vivem pensando na aposentadoria, no sossego que querem ter daqui a vinte ou trinta anos, mas se pararmos para refletir, não sabemos como será o dia de amanhã, não sabemos se ainda estaremos aqui. Então porque correr tanto? Se estressar tanto? Juntar tantas riquezas materiais? A verdade é que a vida é incerta, podemos ser surpreendidos a qualquer momento, tanto com coisas boas, quanto ruins. Então porque não viver o agora, viver a verdade, nos dedicarmos mais a Deus, a nossas famílias, aos nossos amigos, ao próximo, a nós mesmos, a fazermos o que gostamos de verdade, nos dedicarmos a dias mais felizes, menos preocupantes. Você já se perguntou: O que estamos fazendo com nossas vidas? O que estamos vivendo?
Você deve sim correr atrás dos seus objetivos, afinal o que é uma vida sem desejos, sonhos, metas, objetivos. Tudo isso também nos trás realizações, felicidade. Mas essa busca nunca deve ultrapassar os limites da razão, da moral. O nosso tempo é algo valioso e passa tão rápido que não vemos.
Quem nega que um dia feliz é um dia simples, ao lado da família, dos amigos, um dia de sol, um contato com a natureza, num parque, numa praia ou cachoeira, ou onde quer que você deseje estar. Um dia feliz é um dia simples, com o cenário que Deus nos deu, tudo simples, porém muito intenso e maravilhoso, capaz de nos despertar as melhores sensações, de estar em paz. Um dia feliz é poder agradecer a Deus pela oportunidade de mais um dia.
Deus não está preocupado com o carro que você tem, com a casa onde você mora, com a roupa que você veste. Deus conhece a sua mente, alma e coração, Ele só quer que você ame e respeite o seu próximo como a si mesmo, que seja verdadeiro, que faça o bem e o honre e ame acima de todas as coisas. O resto não vai te levar a lugar algum e nem mesmo te salvar, tudo isso acaba aqui, mas o que Deus tem para você, dinheiro nenhum no mundo pode comprar, o que Deus tem para você é eterno.

Download da Semana (51) – Stephen Marley – Mind Control Acoustic + Matisyahu - Spark Seeker Acoustic Sessions Live

O download da semana está pesadíssimo, um dos melhores! Dois grandes álbuns acústicos. Para quem curte uns sons acústicos esses dois tem um toque especial, vou contar por que.
O primeiro é do consagrado Stephen Marley premiado com inúmeros prêmios Grammy por suas obras, esse acústico é uma dessas obras, é o “Mind Control Acoustic”, premiado como álbum reggae do ano de 2009. Tem um toque especial com algumas participações, entre elas a dos seus irmão Julian e Damian Marley, que dão os seus toques particulares nas músicas, cheias de efeitos e tambores. Entre as ótimas canções estão “Chase Dem” com participação de Capleton, a título “Mind Control”, “Iron Bars” com Julian Marley, “The Traffic Jam” e “The Mission” com Damian Marley. Esse acústico é pesado!
O segundo álbum é do grande Matisyahu, com sua voz imponente e de longo alcance ele traz um excelente acústico o “Spark Seeker Acoustic Sessions Live”, com belíssimas canções e efeitos como o do seu beatbox que é demais. Entre as canções estão “Live Like a Worrior”, “I Believe”, “Crossroads” e “Sunshine”, vale muito a pena. Baixem essas pedras!


  • Stephen Marley – Mind Control Acoustic


  • Matisyahu - Spark Seeker Acoustic Sessions Live

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O Reggae Não Para

Estamos de volta massa regueira! Estive um tempo afastado das atividades do blog, por alguns contratempos dessa rotina louca, que foram acumulando, faltando tempo mesmo. Me afastei do blog mas nunca do reggae, que faz parte do meu dia a dia e que hoje é essencial para minha vida, eu já não sei mais o que é viver sem o reggae, assim como a palavra de Deus, e sou muito mais feliz por isso.
Nesse tempo sem escrever, estive em alguns shows em São Paulo que me deixaram muito contente, pois o reggae se reacendeu como era nos festivais de antigamente, com grandes bandas do reggae nacional e internacional dividindo os palcos, não só em São Paulo, mas pelo Brasil afora. Melhor do que isso, as vibrações positivas sentidas nesses festivais foram sem iguais, pois mais do que curtir a batida pesada desse som, a galera vem entendendo a verdadeira mensagem do reggae, o sentido desse movimento, assim como a lenda Bob Marley expressava em sua mensagem, que mais do que ouvir essa música, nós deveríamos senti-la, só assim conheceríamos o verdadeiro sentido desse movimento, o colocando em prática, fazendo o bem e vivendo de maneira positiva sempre. No reggae só existe espaço para o positivo, para o bem, mesmo diante das dificuldades devemos ser positivos, confiantes, usando a sabedoria, a verdade, nunca as armas. Essa é a mensagem do reggae, essa é a mensagem de Deus. Estou muito feliz com a proporção que essa música, que esse movimento vem alcançando, esse é o caminho. A mensagem pela qual Bob Marley lutou está mais vida do que nunca.

Outro destaque positivo desses festivais, além das já consagradas bandas internacionais estarem frequentemente presentes, é o surgimento de novas bandas nacionais com um som de primeira. Em especial a banda Raízes Que Tocam, que desde o ano passado vem
(Raízes Que Tocam, 11 maio de 2014 em Jundiaí)
participando dos principais festivais no estado de São Paulo e esse ano já ganhou um destaque maior, levantando a massa regueira, que tem as suas letras já na ponta da língua. O som dos caras é pesadíssimo, as letras são fortes onde a maior parte é inspirada por trechos da Bíblia, e isso tudo junto nos leva àquele estado de êxtase e meditação durante as apresentações, essa banda é demais.

Outra banda que vem se destacando é a Yute Lions, que recentemente esteve entre as 10 bandas finalistas em um programa que reúne bandas de todos os gêneros musicais, a Yute Lions conseguiu levar a sua mensagem a TV aberta diante de uma grande audiência, mostrando a mensagem forte e positiva do reggae.
E o que falar das já consagradas bandas que acompanhamos ao longo dos anos, como Mato Seco, Ponto de Equilíbrio e Planta & Raiz. Essas bandas já passaram dos 10 anos de estrada e o que percebemos a cada show, é que eles conseguiram o que queriam, e hoje podem ser colocadas no cenário reggae mundial entre as melhores. Mesmo assim a cada ano eles nos surpreendem ainda mais com novos sons, parcerias e trabalhos. É gratificante estar presente em cada show desses caras, as emoções que sentimos são sem explicação, são as melhores possíveis, só existe aquele momento, não existem problemas, esquecemos tudo que há de ruim, só existe espaço para os bons sentimentos, para as positivas vibrações, renovamos as energias para voltar as nossas rotinas. A explicação para tudo isso é Deus, é de Deus!


"Vem sentir na pele a força que nos salva". - Planta & Raiz

"A força maior está presente e me presenteou com a vida". - Ponto de Equilíbrio

"Estamos salvos pelo pai e não existe tempo ruim". - Mato Seco

Esse ano de 2014 também marca o lançamento de novos trabalhos de importantes nomes da música reggae. Em abril Ziggy Marley lançou o seu novo álbum "Fly Rasta", um ótimo álbum. Ainda tem o lançamento do novo trabalho do seu irmão Stephen Marley, que vem com o tão esperado "The Revelation Part II: The Fruit Of Life", que é sequência do seu último álbum que foi um sucesso, faturando o Grammy de Melhor Album Reggae de 2011, para mim um dos melhores de todos os tempos. Já tem algumas músicas desse álbum rolando por aí, uma delas já é sucesso, a "Rockstone", que tem participação de Sizzla e Capleton, esse álbum tem tudo para ser mais um sucesso de Stephen. O mês de junho marcou mais dois grandes lançamentos, um é o novo álbum de Matisyahu "Akeda", com batidas pesadíssimas e mensagens fortes, excelente trabalho, o outro é da banda Rebelution "Count Me In", muito
bom também. Outro destaque é o novo álbum da banda SOJA, um sucesso instantâneo, antes mesmo do lançamento a banda já tinha colocado dois singles desse álbum no topo das paradas, e o álbum logo na primeira semana após o lançamento já figurava no topo, vale a pena adquirir, grandes sons, ótimas participações, fortíssimo candidato a álbum do ano.
Antes disso tudo tivemos o lançamento emblemático da banda Mato Seco, intitulado "Bob Marley Experience", um especial da banda em tributo ao Rei do Reggae, que foi ao ar no YouTube no dia 27 de abril, a quantidade de acessos foi tanta que o site não aguentou, mas a banda disponibilizou o especial em blocos. É sensacional, o nível que a banda Mato Seco atingiu é altíssimo, eu sou suspeito para falar porque sou um fã assíduo da banda, mas vocês podem conferir o trabalho e se surpreenderem com o nível dessa banda, cantando relíquias de Bob Marley, é de arrepiar.


É galera, o reggae não para e nós vamos juntos nessa força, como dizia um cara aí: "Essa música vai crescer e crescer até alcançar as pessoas certas". Nós somos as pessoas certas, nós lutamos pelo bem, pela verdade, pela liberdade, pela paz, pelo amor, não podemos desistir. Vamos levar a mensagem de Deus, a mensagem do reggae até onde pudermos, até o último dia, o último minuto, o último suspiro.
Paz e bem, juntos somos fortes!

Downlod da Semana (50) - Bob Marley & The Wailers - Rock To The Rock (The Complete Wailers 1967 - 1972 Part 1)

Para voltarmos em grande estilo nada melhor do que uma relíquia do Rei do Reggae. Esse álbum é uma raridade dificilmente disponibilizada para download, que traz versões originais de grandes sucessos de Bob Marley e The Wailers, diferente de tudo que vocês já viram, extraído dos sons originais dos antigos vinis. O álbum é "Rock To The Rock - The Complete Wailers 1967 - 1972 Part 1", entre as canções estão "Bend Down Low", "Soul Rebel", "Touch Me", "Mellow Mood", "Put It On", "Chances Are", "Nice Time" e muito mais, todas em versões originais, verdadeiras relíquias. Ainda destaco a canção "How Many Times", que foi regravada por Stephen Marley e está no álbum "The Revelation Part I: The Root Of Life", que foi feito em memória de Bob Marley, para mostrar que a música de Bob está tão viva quanto nunca, provavelmente vocês já ouviram a versão de Stephen, mas nesse álbum está a versão original de Bob Marley. Esse álbum é imperdível.