Alberto D’Ascola é um músico
italiano, nascido na Sicília em 1977. É multiinstrumentista, toca guitarra,
baixo, bateria e piano. Ele faz parte da elite atual do reggae, diretamente da
Sicília para o mundo, Alborosie.
Alborosie começou sua carreira
na Itália, lá ele era conhecido principalmente pela música produzida pelo
“Reggae National Tickets”, grupo de reggae que ele formou em 1992 aos 15 anos
de idade e do qual era líder. A banda rapidamente atingiu sucesso vendendo mais
de 200 mil discos. Eles foram a primeira banda italiana a tocar no Sunsplash e
Sumfest na Jamaica nos anos noventa.
Depois de sua carreira na
Itália, Alborosie terminou a experiência com o grupo e partiu para a Jamaica em
2000, decidindo fazer uma viagem de descoberta das raízes do reggae e da
cultura rastafari. Sua amizade com John Baker (ex-produtor de Pm Dawn e membro
da Island Records) foi decisiva: ele começou a trabalhar no estúdio “Gee Jam”
de Baker no interior da Jamaica e, pouco a pouco, começou a trabalhar como
engenheiro de som e produtor de artistas internacionais como Wyclef, Angie
Stone e Sisco. Ele também gravou Manu Chao e Nubians durante suas visitas à
ilha.
Graças ao seu talento como
produtor, ele conseguiu gerenciar o grupo Digicel Rising. Depois dessa experiência,
ele rotulou seu primeiro registro em seu próprio selo “Forward Music” em 2004.
Apesar de algumas boas
músicas, principalmente “Burnin’ and Lootin” com Ky-mani Marley, ele teria que
esperar até 2006 para alcançar o reconhecimento internacional com “Herbalist”,
que foi considerada a melhor canção do ano por David Rodigan.
Alborosie torna-se o
primeiro artista branco a ser distribuído na Jamaica pela gravadora de Bob
Marley, Tuff Gong.
Desde a sua chegada a
Jamaica, Alborosie havia conquistado o respeito no círculo musical de Kingston,
onde instalou o seu estúdio no bairro popular de Barbican. Ele era conhecido
não só pela sua música, mas também pela sua capacidade de produção, trabalhando
com grandes artistas locais.
Acima de seu trabalho como
produtor em “e.i. XXL Riddin”, com vozes de Gentleman, Sizzla, Luciano, Ky-mani
Marley, ele continuou suas próprias gravações, sucessos como “Kingston Town”,
“Slam Bam” e “Police”, além de parcerias com U-Roy em “Precious”, Sizzla em
“Meditation” e Gentleman em “Celebration”.
Seu primeiro álbum solo,
“Soul Pirate”, foi lançado em setembro de 2008 sob o rótulo Forward Recordings.
Este primeiro álbum foi precedido por uma edição limitada distribuída durante
sua turnê européia. “Soul Pirate” na voz do melhor DJ de reggae do mundo, nas
palavras de David Rodigan, com amostras de sua própria música que o tornou
famosos no mundo da música reggae.
Em 2009, Alborosie fechou
sua própria gravadora para trabalhar com Shang Yeng Clan Studios, que lançou o
jovem artista com o single “Mama She Don’t Like You”.
Ainda em 2009, Alborosie
voltou para a Itália e Europa apoiado pela “Shengen Clan Band” para apresentar
o seu novo álbum, “Escape From Babylon”, apresentando 16 músicas exclusivas com
participação de artistas famosos como, Dennis Brown e Gramps Morgan do grupo
reggae Morgan Heritage. “Escape From Babylon” foi lançado pelo selo lendário,
Greensleeves Records, fundado em Londres em 1975 por Chris Sedgwick e Chris
Cracknell. Mais tarde em 2008 foi comprado pela VP Records, que produziu
artistas como Shabba Ranks, Sizzla, Dennis Brown, Elephant Man e Vybz Kartel,
ao lado de hinos históricos do reggae, como Sean Paul “Get Busy”, Shaggy’s “Oh
Carolina” e Bennie Man’s “Who Am I”.
Nos primeiros meses de 2010,
Alborosie estava envolvido em uma turnê mundial que incluiu datas no México e
na Califórnia. Junto a sua turnê pelos Estados Unidos, Alborosie lançou o álbum
“Escape From Babylon To The Kingdom of Zion”, que diferente do álbum anterior,
inclui 18 músicas inéditas como, “Boo Blue Movie” e “Stepping Out”, com
participação de David Hines (vocalista da banda de reggae Steel Pulse, que
ganhou um Grammy em 1986).
Em julho de 2010, Alborosie
lançou o álbum “Dub Clash”. Nesse trabalho Alborosie toca a maioria das faixas,
bateria, teclados, guitarra e percussão, ao lado de alguns músicos da Shengen
Clan. “Dub Clash” é gravado e mixado no Shengen Studio em Kingston, Jamaica,
por Alborosie e é o primeiro álbum Dub da Jamaica em um longo período de tempo
do autentico “roots springs reverb sound”.
Ainda em julho de 2010, veio
o lançamento de uma edição limitada de Alborosie, o álbum “Alborosie,
Specialist & Friends”, como o próprio nome já diz o álbum contava com
grandes especialistas e amigos da música reggae, em ótimas canções gravadas ao
longo da carreira de Alborosie e que agora integravam esse excelente álbum,
sendo duplo e contendo 26 faixas. Vai a lista de feras que participam do álbum:
Michael Rose, Gentleman, Steel Pulse, I-Eye, Horacy Andy, Luciano, Ky-mani
Marley, Gramps Morgan, Zoe, The Tamlins, Spiritual, Sizzla, Ranking Joe, Black
Uhuru, Jah Sun, Shabba Ranks, Queen Latifah, Nikki Burt, Jah Cure, Etana, Lady
Ann, Busy Signal e Dennis Brown.
Em junho de 2011 veio o
lançamento de mais um sucesso, o álbum “2 Times Revolution”, que trazia Alborosie
na capa, armado com a sua guitarra em forma de uma arma, “armado com a música”.
O álbum conta com a participação de Etana na faixa “You Make Me Feel Good”, com
sua bela voz já conhecida de trabalhos anteriores de Alborosie, e ainda Junior
Reid participando da música “Respect”. Além das ótimas mensagens de
consciência, valor e amor, o álbum tinha uma mescla de sons para todos os
gostos, do tradicional reggae roots, passando pelo Hip-Hop, Raggamuffin até o
Dancehall.
Seu álbum mais recente é o
“Sound the System”, lançado na primeira semana de julho de 2013, e que é um
verdadeiro marco. Além de seu talento como cantor e DJ, Alborosie escreve a
maior parte de seu próprio material e toca praticamente tudo que ouvimos em
seus registros. Ele é o homem da “Renascença” dos tempos modernos – um cidadão
global que demonstra o domínio do reggae tradicional, enquanto aponta o caminho
a seguir para si e para o gênero.
Ele descreve Sound the
System como “um novo capítulo”, e diz que o chamou assim “porque nós estamos lá
empurrando a música como sempre. E eu estou dizendo às pessoas que se você
ouvir Sound the System, então você vai ouvir uma boa música e aprender a viver
bem”.
“Essa música é muito
poderosa” – “Ela está dizendo que o Rasta não é um criminoso... Ele está
dizendo que a música reggae ainda é profunda, sabe? Eu o escrevi em resposta
àqueles que afirmam que o reggae está morrendo. Quero dizer em certo sentido,
essa é a verdade, porque o negócio reggae está morrendo, mas não a música em si
– que esta apenas mudando”. – Alborosie sobre o novo álbum Sound System.
Alborosie pode não ser
jamaicano de nascimento, mas ele ainda promove a música reggae no seu
verdadeiro sentido, evocando velhos clássicos, sua música não apenas parece ser
grande, mas tem um significado. Com dreadlocks quase tocando o chão, ele é um
rastafari orgulhoso, armado com uma filosofia rebelde, ainda há um ar de
comemoração para a sua música que é impossível de resistir. Ele insiste em
seguir seu próprio caminho e se mantém em evolução, mantendo os instintos
guerreiros que se tornaram sua marca registrada.
“É melhor viver como um
guerreiro por um dia, do um coelho para a vida”. – “Eu tento me manter forte.
Eu cumpro o meu reggae roots e coloco sentimentos reais nele, mas há poucas
pessoas que fazem isso hoje. Música reggae tornou-se globalizada, sim, mas as
pessoas hoje em dia querem fazê-la. Eles querem se alguém. Eles querem cifrão.
Não me entendam mal. Preciso de dinheiro para pagar a minha conta de luz e
manter o estúdio, mas eu não faço música por dinheiro e eu não acredito que
você pode fazer boa música dessa forma. Você tem que fazer música para seu
próprio bem e, eventualmente, o dinheiro virá, sabe? Eu acredito nisso, mas se
o dinheiro não vir, bem, então eu vou ser um carpinteiro. Eu vou sobreviver.” –
Alborosie.
Fonte:
pt.wikipedia.org/wiki/Alborosie
Nenhum comentário:
Postar um comentário