Há pouco tempo atrás, lendo um dos livros de Augusto
Cury, “O código da inteligência” – um excelente livro – eu me apeguei em um
trecho que diz o seguinte: “Nossa liberdade não pode estar à venda por preço
algum. Mas a vendemos por bobagens, a trocamos com incrível facilidade.” Ele
descrevia nesse capítulo que os seres humanos têm a necessidade de serem perfeitos, que insistem em serem deuses e acabam esmagando o prazer de viver com
a energia gasta por essa necessidade neurótica de ser perfeito.
Isso me deixou muito intrigado e pensando que
infelizmente essa é uma verdade que vivemos. Pois a sociedade nos cobra ser
pessoas bem sucedidas, que conquistou bens materiais, sucesso,
dinheiro, fama, influência, mesmo que seja no meio social em que vivemos. Com
tudo isso, nós mesmos nos cobramos demais ser e ter essas características, as
vezes não pelo prazer de ter ou ser, mas para mostra aos outros o que temos ou
o que somos. E onde ficam os valores reais das pessoas? Pois com essa
necessidade acabamos massacrando o nosso prazer de viver e das pessoas que
vivem ao nosso redor, crescemos reféns de um sistema onde só somos treinados
para o sucesso, não aprendemos a lidar com a derrota, o mundo só tem espaço
para “vencedores”. Somos
escravos de um sistema que “ou você tem, ou é influente”, caso contrário você é “excluído”.
escravos de um sistema que “ou você tem, ou é influente”, caso contrário você é “excluído”.
Os valores como pessoa, de ser solidário, honesto,
tolerante, altruísta, já não são os valores que vemos no dia a dia. Pelo
contrário, as pessoas são egoístas, radicais, frias, insensíveis, só pensam em
si mesmas. Passam por cima de tudo e de todos pelo sucesso, dinheiro, dão mais
valor a coisas fúteis do que a vida.
“O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder
a vida verdadeira? Pois não há nada que poderá pagar para ter de volta essa
vida”. – (Marcos 8: 36-37)
Esse trecho retrata bem o quanto o dinheiro e o sucesso é
importante para a vida de um homem, porque os bens materiais são ótimos para
sustentar o ego e ser bonito aos olhos dos outros, mas para Deus isso não tem
valor algum, o que importa para Deus é o que você é como pessoa, então quem
depender dessas futilidades para ser feliz, para conquistar a sua liberdade,
jamais a terá.
(Daqui só levamos o que plantamos. Daqui só levamos nossas ações) |
Um homem só é livre quando já não se importa mais com o
que os outros pensam a seu respeito, e vive “de acordo com o seu modo de
viver”, sem se preocupar com o seu “status social”, com o dinheiro, com o que
veste. Os olhos dos outros já não o reprimem, não o afligem. A felicidade está
baseada nas coisas simples, num abraço, em um sorriso, em um pôr-do-sol, em
estar com os amigos, com a família, em amar e ser amado, em viver e ser livre.
E tudo isso dinheiro nenhum pode comprar.
Então Jesus
contou a seguinte parábola:
- As terras
de um homem rico deram uma grande colheita. Então ele começou a pensar: “Eu não
tenho lugar para guardar toda esta colheita. O que é que eu vou fazer? Ah! Já
sei! – disse para si mesmo – Vou derrubar os meus depósitos de cereais e
construir outros maiores ainda. Neles guardarei todas as minhas colheitas junto
com tudo o que tenho. Então direi a mim mesmo: ‘Homem feliz! Você tem tudo de
bom que precisa para muitos anos. Agora descanse, coma, beba e alegre-se”. Mas
Deus lhe disse: “Seu tolo! Esta noite você vai morrer; aí quem ficará com tudo
o que você guardou?”
Jesus
concluiu:
- Isso é o
que acontece com aqueles que juntam riquezas para si mesmo, mas para Deus não
são ricos. – (Lucas 12: 16-21)
“É mais
difícil um rico entrar no Reino de Deus do que um camelo passa pelo fundo de
uma agulha.” – (Lucas 18: 25)
Vou seguir descrevendo um trecho do livro “O código da
inteligência” de Augusto Cury, que mostra bem os dias em que vivemos em
palavras fortes e claras para qualquer um refletir sobre como vivemos, como
estamos criando mentes e pessoas cada vez mais individualistas, que avaliam os
outros pelo que ostentam, pela sua aparência, esquecendo os valores reais dos
seres humanos, tirando a liberdade do próximo e perdendo também a sua própria
liberdade.
Há milhares de jovens nas universidades destruídos de
sensibilidade, com traços marcantes de psicopatias. Têm cultura acadêmica, mas
não são solidários, tolerantes, altruístas; ao contrario, são egoístas, radicais,
sectários. Desconhecem o código da família humana. Amam sua religião, sua
ideologia política, seus pais, seu time esportivo, sua raça, mais do que a
espécie humana. Se um dia dirigirem sua nação, cometerão atrocidades, não se
importarão com as necessidades dos outros.
Está corretíssimo do ponto de vista psiquiátrico e
sociológico o famosíssimo pensamento “Amai o próximo como a ti mesmo”. Que é o
próximo? O próximo não foi definido, porque inclui todas as raças, todas as
culturas, todas as religiões. Só foi definido quem deve decifrar o código do
amor: amar como a si mesmo. Que intrigante sabedoria!
“O Senhor
nosso Deus, é o único Senhor. Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com
toda a alma, com toda a mente e com todas as forças”. E o segundo mais
importante é este: “Ame os outros como você ama a você mesmo”. Não existe outro
mandamento mais importante do que esses dois. – (Marcos 12: 29-31)
“Ame o
Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente”. Este
é o maior mandamento e o mais importante. E o segundo mais importante é
parecido com o primeiro: “Ame os outros como você ama a você mesmo”. Toda a Lei
de Moisés e os ensinamentos dos Profetas se baseiam nesses dois mandamentos. –
(Mateus 22: 37-40)
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