Giant Panda Guerilla Dub Squad (GPGDS) é uma banda de
reggae americana, fundada em 2001, com sede em Rochester, New York.
A banda é conhecida por dobrar a estética da cena
“jamband” nas estruturas do reggae. Em shows ao vivo, que os tornou famosos, a
banda executa composições estendidas, enquanto em seus álbuns de estúdio
anteriores, misturam raízes reggae com psicodelia (álbum In These Times, 2012),
ou divergiram do gênero completamente, seguindo uma linha reta americana, isso
é visível no álbum Country, 2012. Em “Steady” (2014), o quarto álbum de estúdio
da banda, o primeiro pelo selo Easy Star Records, Giant Panda sintetizou sua
abordagem, tecendo instrumentação popular do tradicional reggae, com arranjos
que permitem que o reggae soe de uma maneira não tradicional. Steady pode não
ser o primeiro registro com inspiração em antigos tempos da Jamaica de 70, mas
ele pode ser considerado o melhor trabalho da banda.
Grande parte do poder de Steady vem da atenção posta no
processo de gravação. Craig Welsch, um dos principais integrantes da banda 10
Ft. Ganja Plant, convidou Giant Panda para seu estúdio em Boston, com a
intenção de “captar um aspecto da Panda que ninguém nunca tinha ouvido ainda,
algo totalmente diferente”. Isso soa verdadeiro em faixas como “Wolf At The
Door” e “.45”. James Searl (baixo e vocal) brinca que a banda “sempre seguiu
John Brown’s Body em estúdios”, assim como o estúdio em que gravaram foi usado
anteriormente pela lendária Ithaca, banda também de Nova Iorque. Essa tendência
continuou forte, como Craig Welsch antigamente era engenheiro dub da Jonh Brown’s
e produtor de algumas de suas melhores sessões, quanto à outra canção de Steady
– uma erva joia de fumar – “Mr. Corp” – produzida por Matt Saccuccimorano, que
dirigiu o ultimo lançamento de John Brown’s Body. A única faixa do disco que
não vem de Welsch é a título que foi coproduzida por Danny Kalb, que já
trabalhou com The Green, Bem Harper e Jack Johnson.
Giant Panda, formada em 2001 em Rochester, Nova Iorque. A
área misteriosamente fértil para o desenvolvimento da cena reggae nos Estados
Unidos, a cidade tem laços que remontam a 1981, quando o lendário Lee “Scratch”
Perry recrutou toda a sua banda de apoio de Rochester. A região norte do estado
de Nova Iorque se tornou o primeiro apoio de Giant Panda, enquanto seus membros
ainda estavam na escola e começando a faculdade. Nesses anos de formação, Giant
Panda começou a explorar suas músicas com uma abordagem experimental que é
estilisticamente semelhante ao Greatful Dead (banda de rock de São Francisco,
Califórnia, 1965), mantendo suas raízes firmemente plantadas em ritmos reggae e
conteúdo lírico. Por volta de 2005, começaram a notar a banda depois de um dos
primeiros shows no Colorado, onde receberam uma colocação no popular web site
“Arquive.org”. Giant Panda logo se tornou uma referência nos festivais jamband.
De 2005 a 2013, a banda tem três membros originais, o
baterista Chris O’Brian, o guitarrista e vocalista Dylan Savage, e o baixista e
vocalista James Searl, que começaram uma média agenda de mais de 100 shows,
realizada dentro de um ano, em todo os Estados Unidos, Canadá e Jamaica. Seu
terceiro vocalista, multi-instrumentista Dan Keller, se juntou ao grupo há
alguns anos atrás, quanto ao tecladista Tony Galliccho, se juntou em 2013. (A
maioria das gravações para Steady são do ex-integrante Aaron Lipp, embora
Galliccho possa ser ouvido em duas faixas).
O tempo contínuo de estrada da Giant Panda amadureceu os
seus integrantes, os tornando em instrumentistas “monstros”. Sua atenção para o
estúdio em anos posteriores, juntamente com uma mistura única de reggae e
música americana rural, solidificou Giant panda como uma das bandas mais
queridas da região. Como em sua cidade natal, eles conseguem unificar uma cultura
intelectual e criativa, com colarinho azul passado, mas trabalhando duro.
Os materiais dos três compositores principais são
diferentes o suficiente para criar uma experiência de audição fluindo e
diversificando. Hinos inspiradores de Dylan Savage tendem a ser mais
“classicamente” reggae, com canções como “Not The Fool”, “Whatever Coast” e
“Solution”, ecoando influências como Culture (1979), e no início de Burning
Spear e Jimmy Cliff. James Searl é mais experimental, tanto na forma (“Wolf At
The Door” quase poderia ser uma canção do Elvis Costello, enquanto “.45” utiliza
African e influencias Blues) quanto em letras: sua “Hurt Up Your Brother” é
quase dadaísta, tendo algumas linhas e constantemente reorganizando-os para
alcançar novos significados, cheios de
sensações absurdas e expressivas. Canções de Keller, ilusoriamente no meio,
conseguem ir a ambos os sentidos, com um groove reggae hardcore em “Move”,
dando lugar a um coro inesperado, ou com a cativante “Home”, sendo uma das
poucas canções de reggae na história a usar um banjo tão criativo e
apropriadamente.
Giant Panda Guerilla Dub Squad (GPGDS) é uma de
um número crescente de bandas que trabalham tanto com Rootfire quanto com Easy
Star Records. Marcas que se uniram, tornando-se uma das parcerias mais célebres
e bem sucedidas da cena moderna reggae. Um ganho para os apreciadores do reggae
music, que tem crescido cada dia mais. Apreciem o som de mais uma banda de
reggae, que incorpora as raízes do gênero com um toque de modernidade e que
veio para ficar. A crítica os tem aceitado e aclamado, alguns os colocando como
“músicos magistrais”, outros como “uma das bandas mais inovadoras”. O fato é
que o som de Giant Panda Guerilla Dub Squad é verdadeiramente demais.
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